A costura do PT para retirar o apoio à candidatura ao governo do Rio de Marcelo Freixo (PSB) inclui um acordo com o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD), que se tornaria um dos coordenadores no estado da campanha de Lula.
Paes foi sondado para ser o principal articulador do ex-presidente no estado, mas prefere dividir a tarefa, por causa de suas funções como gestor. No pacote, o deputado estadual André Ceciliano (PT) disputaria o Senado na chapa que tem Rodrigo Neves (PDT) para o governo e Felipe Santa Cruz (PSD) vice.
“Com isso você leva o Rodrigo Neves a ser mais incisivo no apoio ao Lula, cria um constrangimento positivo para nós. E Lula terá dois palanques fortes no estado”, diz o Jilmar Tatto, da Executiva Nacional do PT.
Para Washington Quaquá, ex-prefeito de Maricá (RJ), é preciso ampliar o apelo junto ao eleitorado. “O teto do Freixo são os 25% da esquerda zona sul”, diz. Ele não vê problema em o PT participar do palanque de um pedetista. “O Rodrigo [Neves] já apoia mais o Lula que o Ciro [Gomes]”.
Mesmo petistas que defendem o acordo com Freixo não escondem a frustração com a insistência do PSB com Alessandro Molon para o Senado.
“Acho que o PT deve continuar apoiando o Freixo e cobrar o acordo do PSB no Rio”, diz Paulo Teixeira, secretário-geral da sigla.