Partido de Rui Costa, o PT baiano controla, sozinho, mais de 20% do orçamento das secretarias na administração do estado. No segundo lugar na lista, o PSD tem nas mãos um pouco mais de 6,7% e é seguido pelo PP, que entre os aliados, conta com 2,6% do orçamento destinado ao 1° escalão da administração estadual.
Ao emplacar diretamente 6 indicações para o secretariado de Rui, o PT-BA virou alvo de críticas dos partidos aliados que almejavam mais espaço na mesa do segundo mandato do governador.
Dos R$ 46,4 bilhões do orçamento para órgãos do estado, ao menos R$ 32 bilhões ficam para as secretarias sob vigilância e regência dos secretários de estado. São eles que utilizam o dinheiro no trabalho para melhorar a área de atuação da pasta ou, muitas vezes, aumentar o capital político próprio e do grupo.
Considerando as secretarias que estão diretamente no comando do PT (Educação, Justiça e Direitos Humanos, Desenvolvimento Rural, Cultura, Relações Institucionais e Igualdade Racial), segundo o site Bahia Notícias, passa pela mão da sigla cerca de R$ 6,6 bilhões do total destinado à linha de frente da gestão.
O número é o dobro do que controlam diretamente o PP (R$ 860 milhões com Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Secretaria de Desenvolvimento Econômico) e o PSD (R$ 2,2 bilhões com Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Secretaria de Infraestrutura).
Grande responsável pela “disparidade” entre o orçamento controlado pelos partidos aliados na gestão, está a verba da Secretaria de Educação da Bahia. Sob gestão de Jerônimo Rodrigues (PT), a pasta conta com R$ 5,6 bilhões aprovados para 2019.
Outras pastas com orçamentos bilionários, como a Secretaria da Administração, Secretaria de Saúde e Secretaria de Segurança Pública, não tem titulares indicados diretamente por partidos, mas seus secretários não ficam distante do partido de Rui.
Nome da saúde no estado, por exemplo, Fábio Vilas Boas controla a terceira maior fatia da administração (R$ 5,4 bilhões) e é apontado como um possível candidato do PT para disputar as eleições municipais em Salvador no próximo ano.
Enquanto o PT tem 20% do orçamento com os seus secretários, o PDT (0,5%) e o PR (0,4%) tem participação modesta na gestão. Juntos, os partidos controlam pouco mais de R$ 292 milhões.