Lula costuma ser vago sobre o que fará na economia se vencer a eleição. Mas aos poucos, conforme a coluna de Lauro Jardim, do O Globo, alguns petistas abrem mais o jogo. Alexandre Padilha conversou na semana passada com um grande investidor estrangeiro na sede da XP.
Antes de mais nada, o deputado assegurou que, assim como foi feito em 2003, o primeiro ano de governo será de aperto, com uma exceção da qual Lula não abre mão: o aumento do salário mínimo acima da inflação.
Também deve ser deixada de lado, ao menos no primeiro ano, a promessa de campanha de isentar do IR todos aqueles que têm renda tributável de até cinco salários mínimos (R$ 6.060).
Hoje, são dispensados os que recebem até R$ 1.903. Pelas contas que já fizeram e refizeram, concluíram que não há como abrir mão dessa receita.
Padilha prevê ainda uma transição difícil. Mais do que isso, “não vai ter transição”, pois os ministérios do atual governo devem se recusar a abrir os dados do governo. Ou seja, o PT só teria acesso aos números reais a partir de janeiro.