O clima está quente no PSOL com direito até a ameaça do principal nome da legenda deixar o partido ainda em 2022. Guilherme Boulos está bastante insatisfeito com colegas e avisou que pretende pedir sua desfiliação caso a sigla decida pela independência ao invés de participar do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir do ano que vem.
A coluna de Daniel Cesar, informa que ouviu de mais de um membro do diretório nacional do PSOL que os ânimos andam acirrados nos grupos que reúnem os principais nomes do partidos. A declaração da deputada federal eleita Sâmia Bonfim de que há maioria para manter a independência em relação ao governo Lula. Horas depois, a política foi desmentida pelo próprio Boulos e também pelo presidente nacional da legenda, Juliano Medeiros.
Acontece que outros filiados dizem que o resultado é bastante improvável de antecipar. A cúpula do PSOL se reúne no próximo dia 17 para deliberar sobre o posicionamento em relação ao governo Lula.
“Tudo pode acontecer porque não existe maioria em nenhum dos grupos e há pessoas propensas a mudar de ideia dos dois lados”, confirmou uma fonte à coluna.
Boulos articula diariamente para garantir que o partido apoie Lula. A decisão dele foi muito anterior ao fato de ter seu nome vinculado ao ministério das Cidades – ele disputa a vaga com Márcio França (PSB) – ou mesmo de fazer parte do grupo de transição.
O ex-presidenciável e deputado federal mais votado por São Paulo acredita que é preciso uma frente ampla de apoio ao presidente eleito no início do governo e quer contribuir.