Já se previa que se ACM Neto não fosse o candidato ao governo, a oposição implodiria. Aconteceu. O PSDB se reuniu ontem pela manhã e bateu o martelo, com a unanimidade dos três deputados federais e agora cinco estaduais (eram três): o federal João Gualberto é pré-candidato a governador pela sigla e ponto. Aliás, ele manda o recado:
— Não tem essa de lançar para negociar adiante. Vamos conversar com todos os partidos do nosso campo. Mas a candidatura está posta. Noutras palavras: está entrando em confronto direto com ACM Neto, que sábado abençoou Zé Ronaldo (DEM), ex-prefeito de Feira de Santana, como candidato.
Sem resposta
João Gualberto é amigo de Geraldo Alckcmin, governador de São Paulo que renunciou para disputar a presidência. E deixa claro que união é possível, sim, mas em torno do nome dele.. Queixa-se que na quinta-feira houve uma reunião em que ficou acertado Neto candidato ao governo, ele a vice e Jutahy Júnior e Zé Ronaldo como candidatos ao Senado.
Até a equação financeira foi discutida e aprovada.
— Neto ficou de nos responder no dia seguinte. E, no dia seguinte, nada nos comunicou, disse que não sairia, e também sem negociar lançou Zé Ronaldo.
Ou seja, o tucano diz com toda clareza que não era linha auxiliar. E agora corre atrás do protagonismo.
Geilson fica em saia justa
A decisão do PSDB de lançar João Gualberto como candidato ao governo criou um desconforto particular ao deputado Carlos Geilson.
A questão: ele é de Feira de Santana e há mais de 20 anos ligado a Zé Ronaldo, o candidato já lançado pelo DEM.
Agora está dividido entre o amigo e o partido. E aí?
— Temos que unir. Já somos poucos, desunidos…
A posição dele vai na contramão dos outros tucanos, que querem ir até o fim.
Por Levi Vasconcelos