O PSD de Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo, apoiou Alckmin de saída no primeiro turno e pulou para Bolsonaro com malas e bagagens no segundo. Só dois estados ficaram com Fernando Haddad, a Bahia, sob o comando de Otto Alencar, e Sergipe.
E agora, como fica Otto, que tem também outro senador baiano, Ângelo Coronel?
– Bolsonaro não construiu a vitória dele com o meu voto, isso é claro. Vou observar o que é que vem e aprovar o que julgar correto. A redução do tamanho do Estado, por exemplo, sou a favor. Até parece que Bolsonaro me plagiou quando disse o que eu digo, menos Brasília, mais Brasil.
Pão com pão
Otto avalia que a chapa de Haddad foi ‘um sanduíche de pão, pão com pão’. O casamento do PT com o PCdoB, segundo ele, deixou a chapa muito vermelha, com Bolsonaro de extrema-direita, usando a bandeira do Brasil:
– Ficou muito polarizada a disputa, entre a extrema-direita e a esquerda. É muito difícil alguém soerguer o País assim. Muitos apoiadores de Bolsonaro não são de direita e muitos de Haddad, como eu e João Leão, não somos de esquerda. Na Bahia Rui Costa obteve, proporcionalmente, a maior vitória que um governador já conseguiu porque misturou o vermelho e o azul.
E Ângelo Coronel, como será com Bolsonaro?
– Espero que o Coronel tenha moral em cima do capitão, como dita a hierarquia.
Por Levi Vasconcelos