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terça-feira 18 de maio de 2021 às 15:46h

PSD e Solidariedade teriam recebido R$ 32 milhões para apoiar Pezão, diz Cabral à PF

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O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, revelou em acordo de delação premiada à Polícia Federal (PF) que os partidos PSD e Solidariedade teriam recebido cerca de R$ 32 milhões, em 2014, para, supostamente, apoiar a candidatura de Luiz Fernando Pezão ao governo do Estado. A afirmação feita por Cabral consta no relatório policial número 092/2019, que faz parte das 900 páginas do conteúdo da delação premiada do ex-governador, a que a CNN teve acesso. Em notas os partidos e os demais citados por Cabral negam as participações nos crimes.

Sérgio Cabral comandou o Rio de 1º de janeiro de 2007 a 3 de abril de 2014, quando renunciou ao cargo para fazer de Luiz Fernando Pezão, então seu vice-governador, o futuro governador do Estado. Pezão foi eleito e governou até 2018, quando foi preso pela PF acusado de corrupção.

De acordo com as afirmações de Cabral, em 2014, o então PMDB (hoje MDB) teria comprado, de forma indevida, os apoios políticos do PSD e do Solidariedade e para isso teria utilizado o Grupo J&F e a Odebrecht no intuito de alavancar a candidatura de Pezão. À PF, Cabral disse que a compra do apoio do PSD teria sido acordada em duas frentes e custado R$ 23 milhões e mais a indicação de cargos políticos a membros do PSD. Já a compra do apoio do Solidariedade teria se dado através da interlocução do ex-diretor da J&F, Ricardo Saud, e, novamente, de Joesley Batista, tendo custado R$ 9 milhões no total.

Além dos pagamentos pelo apoio, Cabral também destacou aos policiais federais o que a jogada política do acordo representava para o então PMDB, partido de Cabral na época: o PT havia saído da aliança com o governo do Rio e o partido precisava de novos aliados.

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