Gilberto Kassab pode repetir o quanto quiser que seu PSD terá candidato próprio à Presidência este ano, mas segundo Brenno Grillo, do Bastidor, ninguém acredita.
Aliados dele no partido garantem de acordo com registrado, que cada estado apoiará o candidato que achar mais conveniente – seja Lula, seja Bolsonaro. O partido já lançou Rodrigo Pacheco emulando Juscelino Kubitschek. Não deu certo. Depois acenou para Eduardo Leite, que pareceu gostar da ideia, mas continua filiado ao PSDB.
Uma fonte do PSD exemplificou a jogada kassabiana citando a Bahia e o Paraná. Os baianos da sigla são lulistas; no estado, o partido tem bancada estadual maior que o PT de Rui Costa. No Paraná de Ratinho Júnior, a paixão política é Bolsonaro. O governador da terra da Lava Jato já deu inúmeras mostras de apoio ao atual presidente e seu pai já cedeu bastante espaço no programa do Ratinho – do SBT, emissora de Silvio Santos, sogro do ministro Fábio Faria.
Outro bom exemplo que justifica essa liberdade é o cenário no Rio de Janeiro. PSD e PDT discutem uma união pelo governo estadual, discordam sobre quem será o cabeça de chapa: Felipe Santa Cruz (PSD) ou Rodrigo Neves (PDT). Essa parceria daria palanque estadual a Ciro Gomes. Só que Eduardo Paes, chefe do PSD no Rio, é próximo a Lula – vale lembrar que ambos foram pegos em grampo telefônico onde o prefeito do Rio equipara Atibaia a Maricá.