Um fracasso nas negociações entre o PSB e o PT para formar uma federação poderá implicar na saída de pelo menos 11 deputados pessebistas na próxima janela partidária. Hoje, a bancada tem 30 parlamentares.
Os deputados avaliam conforme a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, que a negociação já se arrastou por muito tempo e que o PSB não tem condições de tornar as candidaturas à reeleição competitivas sem a federação com o PT.
Os parlamentares são esses, por ordem alfabética: Aliel Machado (Paraná), Camilo Capiberibe (Amapá), Cássio Andrade (Pará), Elias Vaz (Goiás), Gervásio Maia (Paraíba), Luciano Ducci (Paraná), Marcelo Nilo (Bahia), Rafael Mota (Rio Grande do Norte), Ricardo Silva (São Paulo), Rodrigo Agostinho (São Paulo) e Vilson da Fetaemg (Minas Gerais).
Interlocutores na cúpula do PSB dizem que todos esses deputados trataram da possibilidade em conversas privadas, mas ressaltam que nenhum deles formalizou uma decisão à direção do partido até o momento.
A negociação com o PT provocou um racha no PSB e mergulhou o partido numa crise de brigas e dedo na cara entre alguns dos principais atores que fazem oposição ao bolsonarismo. Desentendimentos levaram o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a bater o telefone na cara do petista Fernando Haddad e deterioraram a relação entre os pessebistas Marcelo Freixo e Alessandro Molon no Rio de Janeiro.
(Atualização às 16h01 do dia 21 de fevereiro de 2022 – A assessoria de imprensa de Camilo Capiberibe enviou nota à coluna dizendo que ele é defensor da federação com o PT, mas que não pretende sair do PSB. “Em momento algum o deputado considerou a possibilidade de deixar o PSB”, informou a assessoria.)