Os próximos passos da investigação de acordo com a coluna de Bela Megale, que apura se o presidente Bolsonaro prevaricou no caso da vacina Covaxin serão os depoimentos colhidos pela Polícia Federal. Entre os nomes que vão ser chamados para as oitivas nos próximos dias estão os do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda.
A PF abriu um inquérito na quarta-feira passada para investigar a possível prevaricação de Bolsonaro envolvendo denúncias sobre a compra da Covaxin. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber atendeu um pedido a Procuradoria-Geral da República e determinou a abertura da investigação.
As suspeitas de prevaricação de Bolsonaro foram levantadas pelo deputado Luís Miranda e por seu irmão em entrevistas e depoimentos à CPI da Covid. Ambos afirmaram que relataram ao presidente, em março, que superiores de seu irmão teriam feito “pressões atípicas” para que ele liberasse a importação da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde. A investigação vai apurar se Bolsonaro prevaricou, ou seja, se retardou sua ação ou se deixou de atuar para que a irregularidade levada até ele fosse apurada e seus autores, punidos.