“Marcha do povo” reuniu na capital americana descontentes com políticas defendidas pelo presidente eleito, como retrocessos no acesso ao aborto, na defesa climática e de imigrantes.Milhares de pessoas foram às ruas de Washington neste último sábado (18) contra políticas anunciadas por Donald Trump dois dias antes de seu retorno à Casa Branca – e quatro anos depois de ter deixado a cidade sob o impacto dos ataques de seus apoiadores ao Capitólio.
A chamada Marcha do Povo foi organizada por movimentos de defesa dos direitos civis, incluindo o grupo responsável pela Marcha das Mulheres, que atraiu centenas de milhares de pessoas para a capital americana em 2016 e 2017, antes da primeira posse de Trump, e inspirou movimentos em todo o mundo.
Manifestantes pediram pela defesa dos direitos reprodutivos das mulheres e outras causas que acreditam estar sob ameaça com o retorno do republicano ao poder, como o combate à emergência climática e a proteção de direitos dos imigrantes.
Em todo o país, mais de 350 marchas semelhantes estão ocorrendo em todos os estados.
A professora de ensino médio de Minnesota, Anna Bergman, usou seu chapéu rosa original de sua participação na Marcha das Mulheres de 2017.
Com a volta de Trump, ela diz que “só queria estar cercada por pessoas que pensam da mesma forma em um dia como hoje”.
“Antes de fazermos qualquer coisa em relação à democracia, temos que lutar contra nosso próprio desespero”, disse uma das primeiras oradoras da manifestação, Rachel O’Leary Carmona, diretora executiva da Marcha das Mulheres.
Trump viajou neste sábado para Washington, acompanhado da mulher, Melania, para iniciar as festividades da posse, será na próxima segunda-feira (20/01). O voo partiu de Palm Beach, na Flórida – residência do empresário nos últimos quatro anos.