A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta semana, em caráter de urgência, o Projeto de Lei que prorroga por quatro anos a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia.
A expectativa do legislador é de que, com a medida, os setores ampliem a contratação de funcionários e promovam mais empregos.
No entanto, alguns economistas do mercado não enxergam desta forma. “Embora seja positivo para a manutenção dos empregos destes setores, não acredito que aumente as contratações, já que o benefício só está sendo mantido. Entendo que se não fosse aprovado, aí, sim, iria trazer um impacto e nesse caso negativo por aumentar o custo para as empresas”, diz o economista e sócio fundador da Sarfin, Bruno Mori.
Já o especialista em mercado de capitais e sócio da Quantzed, Ricardo Jorge, acredita que de fato possa ser positiva a desoneração, uma vez que o caixa poderá sofrer realocações que permitem com que as empresas façam maiores investimentos e aumentem sua capacidade.
Porém, ele pontua que a preocupação é em relação ao governo. “A questão é quanto tempo essa desoneração vai se sustentar, dado que o governo tem tentado captar recursos de tudo quanto é fonte, aumentando regras de tributação (…). Pode ser que a medida tenha vida curta”, pondera Jorge.