O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que irá enviar no mês de outubro uma proposta legislativa para a Casa Civil e, posteriormente, ao Congresso Nacional, visando a reestruturação do setor elétrico no Brasil. O objetivo da medida é corrigir as distorções que elevaram o custo do serviço de forma desproporcional entre os Estados, proporcionando, assim, tarifas mais justas para a população brasileira.
Segundo o ministro, a atual situação das tarifas é decorrente das assimetrias criadas ao longo dos últimos anos por diversos motivos, como a contração de empréstimos a juros altos, como as chamadas Contas Covid e Escassez Hídrica. Segundo ele, a retirada dessa assimetria na cadeia produtiva permitirá uma maior competição e o maior poder de compra para as famílias brasileiras, pois a redução das tarifas afeta diretamente a retomada do crescimento econômico e o PIB do Brasil.
“Nós queremos encaminhar uma medida estrutural que contemple o setor elétrico brasileiro a fim de fazer a justiça na conta de luz para o consumidor. Nós todos sabemos da sensibilidade do presidente Lula nessa questão. A única forma de combater a desigualdade no Brasil é gerando emprego e renda de qualidade, gerando oportunidade de trabalho para as pessoas, e a energia elétrica é um componente fundamental ao desenvolvimento nacional. É algo que nos últimos anos não foi enfrentado e estamos trabalhando para encontrar um bom termo”, afirmou o ministro.
Silveira se reuniu nesta última quinta-feira (21) com o governador do Amapá, Clécio Luís, com os senadores Davi Alcolumbre, Randolfe Rodrigues, deputados federais e estaduais, além do ministro de Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldéz Goes. Os consumidores regulados do Norte e do Nordeste estão sentindo os maiores aumentos tarifários aplicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“Essas medidas impactaram todo o Brasil, mas em especial – e de forma extremamente injusta – o povo do Nordeste e do Norte brasileiro. A população que produz muita energia é a que mais paga pela energia elétrica do Brasil”, finalizou o ministro.