Nove projetos de unidades socioassistenciais de Salvador, vinculadas à Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), foram destaques na I Mostra de Boas Práticas na Assistência Social de Salvador. A iniciativa, realizada no início do mês de dezembro, foi promovida pelo Conselho Municipal de Assistência Social de Salvador (Cmass).
Uma das iniciativas de destaque é o projeto “Reconstruindo caminhos: plano de desligamento para os usuários do UAI Amaralina”, cujo objetivo é promover o acolhimento de famílias ou indivíduos com vínculos familiares rompidos, ou fragilizados, em vulnerabilidade social, para garantir a proteção integral destes cidadãos. Além disso, visa institucionalizar procedimentos de vinculação dos usuários nos equipamentos do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e de outros redes no território escolhido pelo mesmo para sua moradia após o desligamento da UAI, conforme seu plano de vida.
Autora do projeto, a pedagoga da UAI Amaralina, Andréia da Conceição Oliveira, ressalta a importância da contribuição desta ação na vida das pessoas em situação de vulnerabilidade social. “O projeto em si propõe incentivar a participação do usuário em todo o processo, bem como visa a abertura de prontuário do mesmo nesse serviço, estimulando atividades de convívio como exercício de sociabilidade no território onde vive e, também, no fomento de relações afetivas apontadas pelo acolhido no local”, disse. A iniciativa possui como coautoras as assistentes sociais Érica Bowes e Telma Nascimento, e a psicóloga Elisabeth Mesquita.
Autistas
Outro projeto destaque na Mostra foi o “Cuidando de quem cuida”, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Cajazeiras. A iniciativa é uma rede de apoio aos familiares de pessoas com diagnóstico de Transtorno Espectro Autista (TEA) ou outros transtornos do neurodesenvolvimento.
O principal objetivo é promover o contato social, a construção de vínculos entre os cuidadores, responsáveis legais pelos usuários com deficiência, bem como orientá-los quanto aos direitos das pessoas com deficiência em relação à assistência social, saúde e educação. “É um projeto positivo, no sentido de olhar para um público, a qual é geralmente deixado como coadjuvante no processo de cuidado com o familiar com deficiência. Os usuários, na maioria mulheres, sentem-se seguros e acolhidos na unidade, se sentem ouvidos e respeitados em suas vivências”, destacou a técnica de Atendimento Integrado do Cras Cajazeiras, Isabela Silva, autora do projeto.