Em busca de um meio-termo entre Legislativo e Judiciário, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), articula segundo o colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, a votação de um projeto de lei como alternativa à PEC do Senado que limita as decisões monocráticas do Supremo Tribunal Federal (STF).
O projeto em questão foi protocolado no final de julho de 2023 pelo vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), e é relatado pelo deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP).
Em seu parecer, o relator propõe limitar a atuação de partidos nanicos no STF, impedindo siglas que não alcançaram a cláusula de desempenho de protocolar ações de controle de constitucionalidade na Corte.
Segundo a Constituição Federal, para atingir a cláusula de desempenho, um partido precisa eleger, no mínimo, 15 deputados federais, distribuídos em pelo menos um terço dos estados e do Distrito Federal.
A exigência da cláusula, porém, não para por aí. Além de eleger 15 deputados, o partido precisa alcançar, no mínimo, 3% dos votos válidos, divididos em 1/3 das unidades da federação.
Nas eleições 2022, ao menos sete partidos não atingiram a cláusula de desempenho: PTB, Novo, Avante, PSC, Pros, Patriota e Solidariedade. Ao não atingir a cláusula, eles perdem acesso ao fundo partidário e tempo de TV.