Os produtores rurais baianos, por meio do Programa Patrulha Mecanizada da Abapa, com recursos do Prodeagro e dos agricultores, querem avançar ainda mais na logística de transporte e melhorias de acesso às fazendas com a pavimentação de estradas vicinais na região Oeste da Bahia, um dos mais importantes polos agrícolas do Brasil.
É o caso do trecho de 40 Km da rodovia Rio Grande, no município de São Desidério, que está sendo finalizada, depois de quatro meses de intervenções que abrangeu a execução da plataforma de aterro, com o levantamento de greide, e base cascalhada para ser finalizada com a pavimentação asfáltica.
A ação vem sendo executada em parceria com os agricultores do trecho, reunidos na Associação dos Produtores da Rodovia Rio Grande (APGR). Segundo o representante da entidade formada a partir de 2013, o agricultor Clóvis Ceolin, com o fim desta importante obra, as aspirações de transitar por uma rodovia asfaltada se torna realidade. “Contaremos com mais conforto, segurança, agilidade, economia de tempo, redução do custo de fretes para a produção e insumos, além da valorização das nossas propriedades. Somos muito agradecidos aos associados e de todas as entidades que trabalham eficientemente para que nosso sonho se tornasse esta realidade que hoje vivenciamos”, afirma.
Outras intervenções vêm sendo realizadas ao longo deste ano pelo Programa Patrulha Mecanizada da Abapa visando a pavimentação de novas estradas no próximo ano. Foi iniciada em outubro a recuperação de um trecho de 31 km da Estrada da Timbaúba, em Luís Eduardo Magalhães, que consiste no levantamento de leito, tratamento de base e sub-base, preparando a estrada para receber a pavimentação no primeiro semestre de 2020. Outros trechos finalizados com pavimentação asfáltica foram 33 km executados na Estrada da Soja, no distrito de Roda Velha.
Para o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, a pavimentação de estradas passará a ser uma meta para o programa Patrulha Mecanizada da entidade. “Embora demandem, a curto prazo, mais tempo e investimento, avançar em pavimentação significa a longo prazo mais benefícios para os produtores e para quem mora na zona rural e precisa destas estradas. Significa menos retrabalho em manutenção das estradas que precisam ser rotineiramente executadas depois do período das chuvas e do impacto do transporte de cargas e safra agrícola pelos caminhões. Precisamos parar de enxugar delo e resolvermos em definitivo este problema”, explica.
Recuperação
A previsão para este ano é a recuperação de 500 km de estradas. Também foram executadas este ano a recuperação ou manutenção de 120 km da estrada entre Baianópolis e São Desidério; 45 km da Linha Paraíso, em São Desidério; 38 km na estrada que liga a BA 463 à Linha dos Pivôs; 35km da estrada Rio de Pedras, em Barreiras; e 64 km da Estrada João Barata, em Barreiras.
Para o coordenador da Patrulha Mecanizada, David Tavares, o programa avançou ainda mais este ano com a aquisição de novos equipamentos, dobrando o número de máquinas do programa, dobrando a capacidade de produção. “Além de manter duas frentes de trabalho executando projetos de terraplanagem e pavimentação, ainda conseguimos manter uma parte da estrutura atendendo a manutenção de aproximadamente 400 km estradas até metade do segundo semestre”, reforça.
Programa
Criado e executado desde 2013, o projeto da Patrulha Mecanizada já recuperou cerca de 2,5 mil quilômetros de estradas localizadas em importantes áreas produtivas agrícolas como a Estrada de Placas (Barreiras), Estrada Garganta/Panambi/Pedra da Baliza (Formosa do Rio Preto), Rodovia da Soja e Linha dos Pivôs (São Desidério), Estrada Alto Horizonte (Luís Eduardo Magalhães), Linha Branca (Correntina) e importantes trechos entre Cascudeiro e Campo Grande (Baianópolis).
Durante as intervenções de recuperação de estradas, o programa também realiza um sistema de “barraginhas” ao longo das estradas para impedir que a água das chuvas escorra por elas, reduzindo o assoreamento por areia e cascalho dos rios da região. Os produtores rurais investiram, desde a criação do programa, aproximadamente R$ 30 milhões para a aquisição de máquinas, manutenção e custeio das operações do programa, com recursos dos agricultores baianos, por meio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Prodeagro, Fundeagro, parceria com os municípios e apoio dos próprios produtores.