A produção industrial brasileira cresceu 1,2% em novembro de 2020 na comparação com o mês de outubro, na série com ajuste sazonal. É o sétimo mês de alta consecutiva do setor, que acumulou crescimento de 40,7%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Vale destacar que esse ganho acumulado de 40,7% elimina a perda de 27,1% registrada no período março a abril de 2020. Essa perda é totalmente relacionada ao aprofundamento das paralisações que ocorreram nesse período em diversas plantas industriais por conta do movimento de isolamento social em função da Covid-19”, explicou o gerente da Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo.
Quando comparado com novembro de 2019, na série sem ajuste sazonal, a indústria avançou 2,8%. No acumulado do ano, a indústria tem perda de 5,5%.
Atividades que puxaram a alta
O avanço de 1,2% da atividade industrial em novembro de 2020 alcançou todas as quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 26 ramos pesquisados.
“Para o mês de novembro permanece uma característica que já vem sendo observada desde maio, ou seja, uma predominância de resultados positivos em que todas as categorias econômicas avançam a produção e a maior parte das atividades assinalam taxas positivas”, explicou André Macedo.
As quatro grandes categorias são bens de capital, bens intermediários, bens de consumo e indústria geral. As que tiveram as maiores taxas positivas foram bens de capital (7,4%) e bens de consumo duráveis (6,2%), influenciadas principalmente pelo comportamento positivo da atividade de veículos automotores.
A influência positiva mais relevante foi do setor de veículos automotores, reboque e carrocerias, com crescimento de 11,1% em novembro de 2020 frente a outubro. Esse setor acumulou alta de 1.203,2% em sete meses consecutivos de crescimento na produção. Também tiveram destaque a indústria de impressão e reprodução de gravações (42,9%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,3%), produtos químicos (5,9%) e máquinas e equipamentos (4,1%) e outros equipamentos de transporte (12,8%).