Em julho de 2021, a produção industrial (de transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, avançou 6,7% frente ao mês imediatamente anterior, segundo crescimento consecutivo, considerando o mês de junho (13,0%), com o melhor resultado do país, bem acima do nacional (-1,3%). Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou queda de 12,2%. No acumulado do ano, a indústria registrou retração de 14,9%, em relação ao mesmo período anterior. O indicador, no acumulado dos últimos 12 meses, apresentou declínio de 9,3% frente ao mesmo período anterior. As informações, divulgadas nesta quinta-feira (9), fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sistematizadas e analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).
No confronto de julho de 2021 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou queda de 12,2%, com sete das 12 atividades pesquisadas assinalando queda da produção. O setor de Veículos (-94,6%) apresentou a principal contribuição negativa no período, explicada, especialmente, pela menor fabricação de automóveis. Outros resultados negativos no indicador foram observados nos segmentos de Celulose, papel e produtos de papel (-42,7%), Derivados de petróleo (-5,6%), Produtos químicos (-8,7%), Bebidas (-17,5%), Minerais não metálicos (-12,6%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,4%). A principal contribuição positiva foi em Produtos alimentícios (13,5%), influenciada, principalmente, pela maior fabricação de açúcar cristal; carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e cacau ou chocolate em pó. Outros setores que apresentaram resultados positivos foram: Metalurgia (37,3%), Couro, artigos para viagem e calçados (24,0%), Extrativa mineral (9,4%) e Borracha e material plástico (2,1%).
No acumulado do período de janeiro a julho de 2021, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 14,9%. Cinco dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado, com destaque para Derivados de petróleo, que registrou queda de 32,7%, impulsionado, em grande parte, pelo menor refino de óleos combustíveis, óleo diesel e naftas para petroquímica. Importante ressaltar, também, os resultados negativos assinalados por Veículos (-93,5%), Celulose, papel e produtos de papel (-11,7%), Metalurgia (-7,3%) e Produtos de minerais não metálicos (-0,2%). Positivamente, destacou-se o segmento Produtos químicos (15,0%), impulsionado, em grande parte, pela maior fabricação de acrilonitrila, princípios ativos para herbicidas e etileno não saturado. Vale citar ainda, o crescimento em Couro, artigos para viagem e calçados (41,4%), Borracha e material plástico (23,0%), Extrativa mineral (9,2%), Alimentos (2,2%), Bebidas (3,0%) e Equipamentos de informática e produtos eletrônicos (8,8%).
No acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a taxa da produção industrial baiana foi de -9,3%. Cinco dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado no período, com destaque para Derivados de petróleo, que teve queda de 19,6%. Importante ressaltar também os resultados negativos assinalados por Veículos (-53,0%), Metalurgia (-12,9%), Celulose, papel e produtos de papel (-5,8%), Minerais não metálicos (-1,2%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-11,9%). Destacaram-se, positivamente, Produtos químicos (16,8%), Borracha e material plástico (13,6%), Couro, artigos para viagem e calçados (17,9%), Bebidas (7,5%), Produtos alimentícios (2,3%) e Extrativa mineral (1,5%).
Comparativo regional
O crescimento no ritmo da produção industrial nacional, com taxa de 1,2%, na comparação entre julho de 2021 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhada por sete dos 14 estados pesquisados, com destaque para os avanços mais acentuados assinalados por Espírito Santo (9,4%), Minas Gerais (8,6%), Paraná (8,2%) e Santa Catarina (7,8%). Por outro lado, Bahia (-12,2%), Amazonas (-9,6%), Pernambuco (-8,6%) e Pará (-8,1%) assinalaram as maiores quedas nesse mês.