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quinta-feira 9 de junho de 2022 às 11:06h

Produção industrial baiana avança e tem o maior crescimento do país, informa IBGE

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Em abril, a produção industrial da Bahia teve alta de 3,0% frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE. Foi o terceiro avanço consecutivo nesse confronto (2,0% entre janeiro e fevereiro e 0,2% entre fevereiro e março).

O resultado para o estado (3,0%) foi o 3º melhor dentre os 15 locais pesquisados, ficando abaixo apenas dos verificados no Rio de Janeiro (5,9%) e em Santa Catarina (3,3%). Ficou também acima do índice nacional (0,1%).

Apesar do crescimento, o setor fabril da Bahia ainda está longe de se recuperar das perdas registradas desde que se iniciou a pandemia da Covid-19, operando num patamar 18,1% abaixo de fevereiro de 2020.

Dos 15 locais pesquisados pela PIM-PF Regional do IBGE, 7 tiveram quedas na produção industrial, na passagem de março para abril, com as maiores retrações apresentadas em Mato Grosso (-4,7%), Paraná (-4,3%) e São Paulo (-2,8%).

Além de ter apresentado resultado positivo frente ao mês imediatamente anterior, em relação a abril de 2021, a produção industrial baiana também cresceu (22,0%). Este foi o segundo avanço consecutivo no indicador após 14 quedas seguidas, registradas entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2022.

O resultado da Bahia foi o melhor do país e bem acima do nacional (-0,5%). Foi também o maior crescimento para um mês de abril, no estado, em 12 anos, desde 2010, quando havia sido registrado um aumento de 29,7% frente ao mesmo mês do ano anterior.

No acumulado nos quatro primeiros meses do ano, frente ao mesmo período do ano anterior, a Bahia é um dos 4 locais com resultado positivo (5,2%), também bem à frente do registrado no país como um todo (-3,4%).

Porém, nos 12 meses encerrados em abril, a indústria baiana continua no negativo (-6,9%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores, tendo o 2º pior resultado do país, à frente apenas do Pará (-7,6%). No Brasil como um todo, a produção industrial também cai (-0,3%) nessa comparação, com resultados negativos em 7 dos 15 locais.

O quadro a seguir mostra as variações da produção industrial brasileira e regional em abril de 2022.

Em abril, crescimento da produção industrial foi puxado pelos derivados do petróleo (161,1%), que apresentaram seu maior aumento em 12 anos

O forte crescimento da produção industrial da Bahia em abril/22 frente a abril/21 (22,0%) se deu por conta do avanço registrado pela indústria de transformação (23,8%), que cresceu pelo segundo mês consecutivo. Por outro lado, a indústria extrativa apresentou sua quarta queda seguida (-0,1%), embora muito mais leve que a dos meses anteriores.

Houve crescimento em 6 das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente na Bahia. A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (161,1%) foi quem apresentou o maior e o mais representativo avanço para o resultado positivo do estado de uma forma geral, seguida pela preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (14,0%).

O setor de derivados do petróleo tem o maior peso na estrutura industrial da Bahia e apresentou o seu oitavo resultado positivo consecutivo.

Este foi o terceiro maior crescimento do setor na Bahia desde o início da série histórica, em 2003, e o melhor resultado em exatos 12 anos, desde o recorde registrado em abril de 2010 (212,3%).

Por outro lado, houve quedas em 5 das 11 atividades da transformação, sendo as mais relevantes na metalurgia (-41,2%) e na fabricação de produtos alimentícios (-10,2%).

Mostrando a oitava retração consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior e com a maior queda do estado em abril, a metalurgia acumula recuo de 27,8% em 12 meses. Já a fabricação de produtos alimentícios voltou a cair após dois resultados positivos e apresenta retração de 2,2% noos últimos 12 meses.

Porém, o setor com a maior queda no acumulado nos 12 meses encerrados em abril é o da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que apresenta recuo de 92,6% na comparação com os 12 meses anteriores.

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