A Galp confirmou na Epbr, que Tupi – o maior campo de óleo e gás do Brasil – entrou em fase de declínio da produção e precisará receber mais investimentos de revitalização.
A portuguesa informou, esta semana, que, influenciada sobretudo pelo ativo, sua parcela de produção no Brasil vem caindo a uma taxa inferior a 5% ao ano.
A curva de produção da empresa deve se manter relativamente estável nos próximos anos, em cerca de 110 mil barris diários de óleo equivalente (boe/dia) entre 2023 e 2024. E só crescerá com a partida de Bacalhau, no pré-sal da Bacia de Santos, em 2025.
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção de Tupi caiu pelo segundo ano consecutivo em 2022. A média foi de 1,09 milhão de boe/dia no ano passado – queda de 6,2% sobre 2021 e um recuo de 10,3% na comparação com 2020, quando o ativo bateu seu recorde anual de produção.
Apesar da redução, o diretor de produção e operações da Galp, Thore Kristiansen, disse ser surpreendente que a produção de Lula/Iracema não esteja caindo num ritmo mais rápido.
“Vemos uma taxa de declínio abaixo de 5% ao ano. Ainda é um reservatório muito bom, mas atingiu o pico e há um declínio natural, e é isso que estamos tentando fatorar. Ainda são barris muito, muito lucrativos que estão saindo para a Galp no Brasil”, disse o executivo, na segunda-feira (13/2), durante conferência com analistas.
O consórcio, operado pela Petrobras, apresentou à ANP, em 2021, um novo plano de desenvolvimento para a área, com o objetivo de aumentar o fator de recuperação do campo.
Em dezembro, ao comentar o novo plano de negócios da Petrobras, o diretor de exploração e produção da petroleira, Fernando Borges, disse que o novo plano ainda estava em discussão com a ANP e que o consórcio busca a extensão da concessão.
A mitigação do declínio de Tupi, segundo ele, passa por investimentos em integridade, intervenções submarinas e melhorias na injeção de água e gás, por exemplo.