O Príncipe de Gales está pedindo a empresas que se associem ao “Terra Carta” (Carta da Terra). Projeto que quer construir um futuro mais sustentável tem objetivo de levantar US$ 10 bilhões para investir na natureza. Depois de se encontrar com Greta Thunberg em Davos no ano passado, o Príncipe Charles apresentou segundo a Forbes sua nova campanha no evento virtual One Planet Summit, na última semana.
“Se considerarmos o legado de nossa geração, há mais de 800 anos, a Magna Carta inspirou a crença nos direitos e liberdades fundamentais das pessoas”, escreveu o príncipe na apresentação do Terra Carta. “Enquanto nos esforçamos para imaginar os próximos 800 anos de progresso humano, os direitos fundamentais e o valor da natureza devem representar uma mudança radical em nossa abordagem de ‘futuro da indústria’ e ‘futuro da
O Príncipe de Gales, que tem se comprometido com o meio ambiente desde os anos 1970, acrescentou que “só pode encorajar, em particular, aqueles na indústria e nas finanças a promover uma liderança prática para este projeto, pois somente eles podem se mobilizar e fomentar a inovação, escalar e garantir os recursos necessários para transformar a economia global”.
Para Amy Nguyen, fundadora e editora da plataforma Sustainable & Social, “é ótimo ver essa coalizão de investimentos liderada pelo Príncipe Charles”.
Amy reconhece que Charles tem sido uma figura influente na liderança do movimento ambientalista. “À medida que as nações correm para a emissão zero”, acrescenta ela, “o impacto sobre a biodiversidade e os ecossistemas pode às vezes ser ofuscado pelo foco na redução das emissões de gases de efeito estufa ou na solução da poluição por plástico”, diz.
De acordo com o economista ecológico Robert Costanza, a interconectividade dos serviços do meio ambiente e do ecossistema natural tem um valor anual estimado em US$ 46 trilhões. Portanto, a Terra Carta é uma indicação de que a futura economia global deve levar isso em consideração. “Sabemos que contabilizar o capital natural e os esforços para proteger a perda de biodiversidade não são apenas essenciais para criar resiliência planetária, mas também para fornecer materiais e recursos essenciais às empresas”, afirma.