O primeiro-ministro de Itália anunciou esta quinta-feira (14) ao seu Conselho de Ministros que ele, Mario Draghi ,vai renunciar, justificando-se com o fato de não ter base de apoio parlamentar para garantir que o programa do governo pode ser cumprido.
“No discurso de tomada de posse no parlamento disse que este governo só iria para a frente se houvese uma clara perspetiva de poder ser capaz de implementar o seu programa”, disse o governante demissionário, que afirmou ainda que “a unidade nacional acabou”.
Mario Draghi, que tinha tomado posse em fevereiro de 2021, até sobreviveu a uma moção de confiança votada esta quinta-feira no parlamento italiano, mas o fato de o Movimento 5 Estrelas não ter participado na votação (todos os senadores do partido se ausentaram) levou o primeiro-ministro a concluir que o governo perdeu as bases de apoio.
A decisão foi comunicada ao Conselho de Ministros depois de uma reunião com o presidente de Itália, Sergio Mattarella.
É mais uma crise no executivo italiano, conhecido precisamente por isso. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial Itália teve 69 governos diferentes, à média de um ano e onze meses para cada executivo.
Antes de ter sido eleito Mario Draghi foi presidente do Banco de Itália, entre 2006 e 2011 e do Banco Central Europeu, entre 2011 e 2019.
Começo da crise
Instabilidade política voltou ao país após ex-premiê dizer que boicotará votação-chave para estabilidade de Draghi
A gestão do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, acabou. Conforme agências internacionais de notícias, a tradicional instabilidade política do país voltou à tona depois que o ex-premiê Giuseppe Conte, líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), anunciar que o partido não votará, nesta quinta (14), um decreto no Senado que tem validade de um voto de confiança ao governo.
Como o partido faz parte da ampla coalizão parlamentar que sustenta Draghi, um desfecho possível é o fim do governo, depois de só 17 meses, o que pode levar à convocação antecipada de novas eleições.
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