O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou nesta última segunda-feira (29) que comparecerá, em 1º de janeiro, à posse de Jair Bolsonaro como novo presidente do Brasil. O sul-americano foi o primeiro líder internacional a confirmar presença oficialmente.
Em Santiago, Piñera também confirmou a jornalistas que o Chile será o primeiro país a ser visitado pelo novo presidente do Brasil.
O governante telefonou para Bolsonaro nesta segunda para reiterar os cumprimentos pela vitória de domingo no segundo turno das eleições e o convite para que ele visite o Chile, feito primeiramente pelas redes sociais.
O chileno também propôs a Bolsonaro que trabalhem unidos, “com vontade, força e visão de futuro a favor do bem-estar de nossos povos e da integração”.
Na conversa de cinco minutos por telefone, foram abordados temas como o chamado Corredor Bioceânico e o tratado de livre comércio assinado há poucos dias pelos dois países.
O Corredor é um projeto de ligação por meio de ferrovias e rodovias dos países do Mercosul e o Chile, destinado a incrementar as comunicações entre os países da região.
“Eu o parabenizei por um ato democrático da sociedade brasileira que foi impecável, pela grande vitória nas eleições e também conversamos sobre temas que interessam aos dois países, e ele confirmou que visitará o Chile”, ressaltou Piñera.
Em Brasília, mais cedo, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), cotado para ser ministro da Casa Civil, também disse que o Chile será o primeiro país visitado por Bolsonaro depois da posse do capitão.
O chileno foi enfático em seu apoio a Bolsonaro durante a campanha eleitoral. A proximidade entre Paulo Guedes, futuro ministro da Fazenda do governo do capitão, e Piñera também auxiliou nos contatos. O presidente chileno e Guedes estudaram juntos nos Estados Unidos.
A decisão de Bolsonaro de escolher o Chile como o primeiro destino de seu governo contraria a tradição brasileira, já que os últimos presidentes eleitos escolheram a Argentina, país com o qual o Brasil está ligado pelo Mercosul e com o qual mantém intensa vinculação produtiva, como primeiro destino internacional.