O IPCA-15 de fevereiro na RMS foi resultado de aumentos nos preços médios de sete dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. As despesas do grupo educação tiveram o maior aumento médio, com 6,26%, e exerceram a principal pressão inflacionária na prévia do mês.
Devido a época de rematrícula, os cursos regulares (escolas) aumentaram 7,84% puxados pelo ensino fundamental (11,25%), mas com influências significativas da pré-escola (10,98%) e do ensino médio (9,78%).
Os grupos habitação (2,13%, maior aumento do país) e transportes (1,60%, segundo maior aumento do país) também tiveram altas expressivas na prévia da inflação de fevereiro. Foram puxados pelas variações da energia elétrica (5,99%) e da gasolina (5,16%), itens que exerceram as maiores pressões individuais no índice do mês.
Mesmo entre os grupos em alta, houve itens importante nas despesas das famílias que mostraram queda média de preços. Caso das passagens aéreas (-12,0%), do gás de botijão (-3,16%) e da cebola (-15,84%).
Rendimento domiciliar
Já o rendimento domiciliar, per capita na Bahia foi de R$ 1.010, passando de 6º para o 4º menor do país. O estado ficou empatado com o Pernambuco.
De 2021 para 2022, todas as 27 unidades da Federação tiveram aumento nominal da renda. O ganho da Bahia foi o quinto mais baixo em números absolutos (+R$ 167) e o 16º aumento percentual (+19,8%).
A Bahia tinha o 10º menor rendimento em 2020, caiu para 6º menor em 2021 e ficou, em 2022, com o 4º menor. Com isso, o estado também caiu mais uma posição no ranking do rendimento domiciliar per capita no Nordeste, de 5º para 6º maior dentre os 9 estados da região.
Em 2022, o rendimento médio domiciliar per capita baiano se manteve abaixo em 16,7% do salário mínimo vigente de R$ 1.212.
A tabela a seguir mostra os rendimentos domiciliares per capita em valores correntes de 2022 para o Brasil e todos os estados, por ordem decrescente.
Os valores dos rendimentos domiciliares per capita médios referentes a 2022, para o Brasil e unidades da Federação, calculados com base nas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), são enviados pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União (TCU) e usados como um dos critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE).
Já o rendimento domiciliar, per capita na Bahia foi de R$ 1.010, passando de 6º para o 4º menor do país. — Foto: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)