O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) retificou seu pedido de licença apresentado nesta manhã para o Senado e ampliou o período de afastamento da Casa para 121 dias. No pedido inicial, ele havia solicitado uma licença de 90 dias. Rodrigues foi obrigado a pedir o afastamento ao ser pego com mais de R$ 30 mil na cueca durante uma operação da Polícia Federal, na semana passada.
Para que o suplente possa assumir o posto, o Senado exige afastamento do titular por ao menos 120 dias. No caso de Chico Rodrigues, quem vai substituí-lo é seu filho, Pedro Arthur, também filiado ao DEM. Se o pedido de 90 dias tivesse sido mantido, o filho de Rodrigues não poderia ocupar o cargo.
A expectativa dos senadores é que com a licença, o Supremo Tribunal Federal desista de julgar no plenário da corte o afastamento do mandato de Rodrigues.
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Segundo pessoas ligadas a Chico Rodrigues, a pedido aconteceu após ele ser informado de que lideranças da Casa só aceitariam o afastamento de 121 dias, porque menos tempo ainda traria desgastes para o Congresso.
A decisão, porém, deixa o Senado ainda mais exposto, pois desponta como uma manobra que preserva apenas Rodrigues e expõe a atuação da Casa para proteger o parlamentar pego com dinheiro na cueca.