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sexta-feira 26 de julho de 2024 às 07:44h

Press Trip Chocolat Bahia 2024: Visitantes mergulham na cultura e sabores do Cacau e Chocolate de Origem, em Ilhéus

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A viagem realizada pelo grupo da imprensa e chefs internacionais do Chocolat Bahia de 2024 foi marcada por uma imersão única na cidade de Ilhéus, no último final de semana. Jornalistas de Portugal, São Paulo, Brasília, Bahia e do Pará, além de representantes da governadoria, da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur), da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e da secretaria municipal de Planejamento de Altamira-PA (Seplan), acessaram profundamente a riqueza cultural e produtiva do cacau e do verdadeiro chocolate, o de origem, na Press Trip 2024. Com patrocínio e parceria do Governo do Estado da Bahia e realização da MVU Eventos, o maior Festival Internacional do Chocolate de Origem e Cacau da América Latina aconteceu de 18 a 21 de julho.

Para conhecer com propriedade o funcionamento do theobroma cacao, nome científico do cacau que significa alimento dos deuses, a programação contemplou visitas às fazendas de cacau, de produtoras e unidades de processamento de chocolate, degustando produtos derivados do fruto e acessando as lojas. Com início na fazenda Yrerê, o grupo conheceu o sistema cabruca, obtendo rica explicação sobre o processo de seleção das amêndoas, enquanto degustava diversas intensidades de chocolates. A programação seguiu com visita à Dengo Origem, proporcionando um contato genuíno com a Mata Atlântica preservada na fazenda Agrícola Conduru, além de uma seleta gastronomia no almoço, preparado com sabores típicos da região pela Chef Déia Lopes. Na Dengo, também se fizeram presentes representantes das instituições da Fieb e da Setur.

Para Sara Nunes, jornalista portuguesa da Revista Visão, “vir até à Bahia provar o chocolate já parecia boa ideia, mas foi muito mais e muito melhor do que esperava. Ilhéus é um sítio cheio de pessoas com vontade de promover o chocolate verdadeiro, o cacau verdadeiro, e isso é encantador. É um sítio verdadeiramente bonito, com pessoas e iniciativas fantásticas”. A jornalista Ana Carla Gomes, do veículo O Dia, do Rio de Janeiro, também acompanhou as agendas, e ao retornar ao Sul da Bahia, pode conhecer, desta vez, e de perto, todas as etapas da produtividade do cacau e do chocolate, após já ter desvendado as belezas de Itacaré em outra oportunidade.

O chef francês, chocolatier, vice-presidente do clube Chocolatiers Engagés, Abdel El Baïz, também gostou da experiência. “Fiquei muito impressionado com a forma como tudo está organizado de maneira perfeita, com capacidade de criar valor acrescentado a um produto agrícola, e sobretudo de poder criar produtos derivados que não conhecemos na França”, destacou.

Matheus Dametto, de O Estado de S. Paulo, foi positivamente impactado com a trip. “Percebe-se não apenas um momento de efervescência das marcas bean-to-bar na região, elevando a qualidade do chocolate brasileiro, como também um alinhamento com os novos métodos de plantação. Há preocupação com a quantidade produzida, claro, mas também com métodos mais sustentáveis, social, econômica e ambientalmente. O festival, enquanto isso, valida bastante esse modelo para agentes internos e externos, promovendo uma agenda de união em torno do cacau”, frisou.

No Centro de Inovação do Cacau (CIC), situado na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), o grupo obteve informações científicas e de desenvolvimento tecnológico associadas à degustação de diversas gradações e intensidades dos chocolates, ao tempo em que foram fornecidos dados de pesquisas e estudos promovidos pelo CIC. Na visão do chocolatier Abdel El Baïz, o nível de conhecimento de todo o setor brasileiro do cacau é muito bem apoiado pelo CIC. “Isso me leva a acreditar que o cacau brasileiro tem um futuro muito brilhante pela frente, principalmente nas exportações”, completou.

Para o baiano Nilson Marinho, de O Correio, Salvador, a Bahia é gigantesca. “Mergulhar nessa experiência me fez perceber o quão somos grandes e diversos. Eu, particularmente, mesmo sendo baiano, desconhecia a força da cultura do cacau no Sul da Bahia, sobretudo em Ilhéus. Saio feliz e com muitas ideias que quero compartilhar”, disse.

Na Fazenda Riachuelo, representantes da Fieb se integraram junto ao grupo com membros da governadoria, imprensa e chefs, para testemunharem juntos os processamentos, degustação do mel de cacau, a quebra do cacau, visita à fábrica e inauguração da loja Mendoá Chocolates, com direito a degustações e uma receptividade única.

Conhecedor de muitos países produtores de cacau, chamou a atenção do chef Abdel El Baïz, o fato de boa parte dos grandes fabricantes de chocolate no Brasil consumir amêndoas com qualidade em um nível muito inferior ao do fino cacau, que os artesãos do chocolate gostam de trabalhar. É que durante as visitas às fazendas, ficou cristalina a diferença da qualidade das amêndoas de alta e baixa qualidade, batizadas carinhosamente de “Deus abençoe” pelo guia Vinícius durante visita na Fazenda Capela Velha, e que são absorvidas por boa parte da indústria brasileira. Para as amêndoas de boa qualidade vistas na fazenda e transformadas em deliciosos chocolates disponíveis na loja da Fazenda Capela Velha, uma jornalista do grupo sugeriu que sejam batizadas de “Deus multiplique”.

Um almoço integrado à Mata Atlântica às margens do Rio Almada, na Fazenda Provisão, foi enriquecido com a chegada dos chefs Pedro Araújo, da cidade do Porto, Portugal, e Mariana Corbetta, da Argentina, além da advogada portuguesa Tânia Nogueira, todos acompanhando o realizador do Chocolat Festival, Marco Lessa – ele atendeu aos jornalistas com uma coletiva de imprensa no grande casarão, sede da fazenda.

Destacando a beleza do Sul da Bahia, Lessa relembrou que a região já contava com uma alta gastronomia no auge do cacau, atraindo pessoas interessadas em qualidade de vida e gastronomia. No pós-crise, com a pauta cacau e chocolate, o Sul da Bahia e Ilhéus se reinventam como uma região pujante, trazendo uma nova massa com demanda exigente, interessada em investir e conhecer. “Eu digo que isso aqui é um Linux, em que todo mundo vai contribuindo, montando essa plataforma que dá muito certo, porque os ativos essenciais da qualidade da matéria-prima, destino bem consolidado, histórico, fácil logística, na beira da Mata Atlântica e do oceano Atlântico, a gente tem todas as condições para ser uma referência gastronômica”.

A paraense Emily Melo, de O Liberal, conta que nunca tinha estado em uma fazenda de cacau ou em uma fábrica de chocolate, e que se sentiu acolhida, conseguindo captar ricas informações sobre o processo produtivo do cacau e derivados.

Thalys Anjos, do veículo Metrópoles, de Brasília, reconhece que conhecer de perto os produtores locais intensifica ainda mais os sabores dos chocolates, destacando que cada fazenda possui suas particularidades. “É possível desfrutar das praias rodeadas pela Mata Atlântica e passear por ruas cheias de histórias e significados, desde o sagrado, como a Matriz de São Jorge dos Ilhéus, até o profano, como o antigo Bataclan”, frisou.

Na noite de sábado, o grupo conheceu a gastronomia da Chef Dani Façanha, com jantar na Pousada e Restaurante Morro dos Navegantes. Além dessa e da gastronomia da Dengo, o grupo conheceu a culinária do Maróstica, do Jardim Atlântico Resort, além das degustações realizadas nos interiores das fazendas visitadas, com suas lojas e chocolates. “Relativamente à oferta gastronômica, acho que a cozinha da Bahia é absolutamente extraordinária! Tivemos a oportunidade de visitar vários restaurantes muito finos, que ficarão para sempre como uma recordação inesquecível”, enfatizou o chocolatier francês, Abdel El Baïz.

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