Preso há quase 70 dias, desde 3 de maio, o tenente-coronel Mauro Cid é aguardado pela CPMI do 8 de janeiro para depor nesta próxima terça-feira (11) sobre o plano de golpe encontrado pela PF no seu celular, revelado pela Veja no mês passado. Inicialmente, a oitiva do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava prevista para a terça passada, mas foi adiada por conta da “supersemana” de votações na Câmara.
Em resposta a um pedido da defesa de Cid, a ministra Cármen Lúcia, do STF, decidiu que o militar é obrigado a prestar depoimento e tem o direito de ficar em silêncio para não responder perguntas que o incriminem. Ele também receberá escolta policial, já que está preso.
Antes de Cid, o último a depor na comissão mista, no dia 27 de junho, foi o coronel Jean Lawand Junior, que trocou mensagens com o ex-auxiliar de Bolsonaro sobre um golpe para manter o então presidente no poder e evitar a posse de Lula.
O tenente-coronel foi convocado a partir da aprovação de requerimentos de 14 integrantes da CPMI, entre eles a relatora do colegiado, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).