quarta-feira 3 de julho de 2024
O senador Marcos Rogério — Foto: Agência Senado
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segunda-feira 1 de julho de 2024 às 15:01h

‘Presidente do Senado não é extensão do governo’, diz novo líder da oposição na Casa

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Novo líder da oposição no Senado, Marcos Rogério (PL-RO) destrincha sobre a sua relação com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com o nome favorito à sucessão, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). O parlamentar acredita de acordo com Lauriberto Pompeu, do O Globo, não ser o momento para discutir a previdência dos militares, e afirma que ataques de Lula a Campos Neto buscam enfraquecer Banco Central.

Leia a entrevista completa.

O senhor lidera a oposição e já foi um dos senadores mais próximos a Rodrigo Pacheco, que agora é um aliado do governo. Como está a relação?

Alguém que se isola dentro do Parlamento vai contribuir muito pouco com o avanço das pautas que são importantes para o país. A minha relação com o presidente Rodrigo Pacheco é de amizade e respeito. Não significa que eu concorde com a posição dele de defesa do governo. Eu acho até que o presidente do Senado, qualquer que seja, não pode ser confundido com uma extensão do governo. Embora busque ajudar em algumas pautas do Executivo, ele (Pacheco) bancou pautas importantes para a oposição.

A oposição terá problemas para fazer avançar suas pautas caso o senador Davi Alcolumbre (União-AP) seja eleito presidente do Senado? Ele participou da indicação de ministros do governo.

O presidente do Senado, seja ele quem for, não é extensão do governo. O presidente Davi, independentemente de estar na presidência ou não, tem uma relação amistosa com os colegas senadores. Agora, essa definição (de apoio na sucessão do Senado) deve se acentuar sobretudo após as eleições municipais.

Alguns senadores da oposição calibraram o discurso e procuraram uma aproximação com o STF depois de enfrentar ações na Justiça Eleitoral. É um movimento correto ou enfraquece o discurso?

Como líder da oposição, entendo que o melhor caminho para o país é a busca do equilíbrio. A quem interessa esse ambiente de embate permanente? O problema está apenas de um lado? Não. Todo mundo tem que entender qual seu papel. O Judiciário precisa sair um pouco do campo do ativismo. Às vezes, matérias são votadas no Congresso, e daqui a pouco os próprios membros do Parlamento estão recorrendo ao Judiciário para desfazer aquilo que foi decidido. Outra hora, o governo perde em uma pauta, veta, o Congresso derruba o veto, e o governo vai ao Supremo para tentar desfazer. Isso cria um ambiente de animosidade.

É a favor de revisão na Previdência dos militares para ajudar no ajuste de contas?

Esse tema não foi trabalhado na reunião da bancada, mas nesse momento não tenho a posição a favor de rediscutir. O governo tem que parar de querer tirar dos outros os recursos de que ele precisa para manter a política de gastança.

As críticas de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dão força à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê autonomia financeira ao BC?

Não podemos deixar o PT quebrar o Brasil de novo. O presidente Lula insistentemente vem trabalhando pelo enfraquecimento do Banco Central. Só gera insegurança. Vou levar esse tema (da autonomia financeira) para a próxima reunião de bancada da oposição, mas a minha posição pessoal é de fortalecer ainda mais a autonomia do Banco Central. Nesse momento, em face das investidas do governo Lula, talvez esse seja um caminho que consolide ainda mais essa autonomia. A minha posição é de que nós temos que defender essa proposta.

Com o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível, quem o senhor vê como melhor nome da oposição em 2026?

A alternativa é o presidente Bolsonaro. O maior cabo eleitoral do presidente Bolsonaro é o presidente Lula com seus erros. A direita não é ambiente de um líder só, temos muitos líderes. O governador Tarcísio é um grande líder, está fazendo um grande governo e São Paulo é uma vitrine para o Brasil. Agora, o fato de você dizer que o presidente Bolsonaro é o plano A, B e C não significa que você desconsidera as lideranças que você tem.

É a favor da anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro?

Aconteceram crimes no ambiente do 8 de janeiro? Claro. Agora, simplesmente começar a fazer condenações no atacado com penas que ultrapassam os 15 anos para pessoas que quebraram uma vidraça não tem sentido. Caberá ao Congresso julgar uma proposta de anistia que leve em consideração aquilo que realmente aconteceu. Não dá para a gente aceitar um ambiente de condenação política de maneira desproporcional.

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