Presidente nacional do Republicanos e vice-presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal por São Paulo, Marcos Pereira protocolou um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (16) para derrubar um inquérito que o investiga com base nas delações premidas da Odebrecht. A apuração foi aberta em 2017 e atualmente tramita na Justiça Eleitoral do Distrito Federal.
A defesa de Pereira alega ao Supremo de acordo com nota na Veja, que o inquérito está baseado em provas declaradas imprestáveis pela Corte, como o sistema Drousys, usado para gerenciamento do departamento de propinas da empreiteira baiana. Também se alega que a investigação se alonga há seis anos, prazo excessivo, sem qualquer diligência desde 2020.
Marcos Pereira foi delatado por ex-executivos da Odebrecht, como Marcelo Odebrecht e Alexandrino Alencar, que atribuíram a ele o recebimento de 7 milhões de reais em caixa dois ao Republicanos, então chamado PRB, em 2014. O dinheiro seria destinado a “comprar” o apoio da sigla à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff, naquele ano.
“É chegado o momento de se reconhecer que não há provas nos autos, além das declarações de colaboradores e elementos documentais imprestáveis, que permitam avançar à fase judicial da persecução penal”, diz o pedido.
O Republicanos, presidido por Pereira, negocia um ministério no governo do presidente Lula. O deputado deve se encontrar em breve com o petista para tratar do assunto. A ala bolsonarista do Republicanos faz pressão sobre ele. Nome mais poderoso filiado à legenda atualmente, o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, ameaça deixar o partido caso o deputado Silvio Costa Filho (PE) assuma um ministério.