O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson disse em entrevista à Guilherme Amado, na Revista Época deste domingo (3), que se aproximou de Jair Bolsonaro com “minha alma” e afirma que não negocia cargos além da Presidência da República, tentando trazer o capitão de volta ao PTB, partido que manda como um coronel da velha política.
“Sabe qual cargo eu quero do governo Bolsonaro? Quero trazer para o PTB o cargo de presidente da República. Eu quero que o Bolsonaro venha para o PTB. Ele já foi do partido e tem tapete vermelho para voltar com o grupo dele”, afirmou.
Com a ironia que sempre lhe foi peculiar, Jefferson diz que “a corrupção não cessou”, o que considera o maior “mal da política brasileira” e chamou a denúncia de Sérgio Moro de “canalha”.
“Foi uma denúncia vazia e canalha. Moro não se safou. Vai ser investigado por isso também. Moro está habituado a afrontar a Constituição e a lei. Se achava Deus. Desde a Vaza Jato, quando vazou criminosamente uma conversa de Dilma e Lula. Moro está de bola murcha. Mais uma semana e ninguém fala mais nele. Moro é passado”.
Sobre a política genocida de combate ao coronavírus conduzida por Bolsonaro, Jefferson diz concordar com o fim do isolamento social e ataca a Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável pelas diretrizes internacionais de combate à doença.
“Essa OMS é uma privada da China. Desde quando temos de nos curvar a essa filial de Pequim?”, afirmou, sinalizando que também virou adepto da doutrina de Olavo de Carvalho.