No Peru, a parlamentar Patricia Chirinos, apresentou uma denúncia, na segunda-feira (11), contra o presidente Pedro Castillo em que o acusa de “atentar contra a liberdade de milhões de pessoas”.
Na semana passada, o governo peruano convocou o Exército para liberar o trânsito, interditado pela manifestação de caminhoneiros, e decretou estado de emergência por um mês.
No país, caminhoneiros fazem protestos devido o aumento do preço dos combustíveis após a guerra na Ucrânia. Os caminhoneiros bloquearam as principais rodovias e os produtores rurais, afetados pela alta do custo de fertilizantes, aderiram ao movimento.
Os protestos chegaram às ruas de Lima e outras cidades. Os manifestantes pedem melhorias no sistema econômico e social, além da renúncia do presidente. Seis pessoas morreram e 15 ficaram feridas nos embates com as forças de segurança, segundo o portal Exame.
O governo do Peru reduziu os impostos dos combustíveis, aumentou o salário mínimo e discute uma medida para diminuir a carga tributária dos alimentos.
No Brasil, os caminhoneiros ameaçaram entrar em greve depois do último reajuste da gasolina e do diesel, em março, de, respectivamente, 18,8% e 24,9%, mas não levaram adiante.
Para o consultor de negócios e advogado especializado em Direito Internacional, Daniel Toledo, os caminhoneiros estão pagando muito caro pelos combustíveis e isso diminui a margem de lucro deles. “Eles tem de pagar manutenção, combustível e impostos, reduzindo o interesse deles em transportar. Já estamos numa situação de inflação altíssima, déficit de crédito gigantesco, juros impraticáveis e uma situação de recessão próxima. Se os caminhoneiros entrarem em greve, teremos uma piora no cenário político e econômico brasileiro que sentiremos muito no bolso e na economia do país”, disse Toledo.