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domingo 3 de abril de 2022 às 07:42h

Presidente do Flamengo desiste de presidir o conselho de administração da Petrobras

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Um mês depois de ter sido indicado pelo governo para presidir o conselho de administração da Petrobras, Rodolfo Landim desistiu segundo o jornalista Lauro Jardim, no O Globo, em submeter o seu nome à assembleia de acionistas que elegerá o novo colegiado da empresa no dia 13.

Mesmo tendo negociado por pelo menos três meses sua ida para o conselho da estatal onde já trabalhou por 26 anos, Landim deu uma justidficativa oficial pouco convicentente, numa nota oficial que publicou no site do Flamengo nesta madrigada.

Ei-la:

“Como já foi amplamente divulgado pela imprensa, tive a honra de ser convidado para presidir o conselho de administração da Petrobras. Resolvi abrir mão desta indicação, concentrando todo meu tempo e dedicação para o ainda maior fortalecimento do nosso Flamengo. Encaminhei ao exmo. ministro de Minas e Energia, sr. Bento Albuquerque, um documento com esta posição, deixando claro meu agradecimento pelo convite e relatando minha preocupação em não conseguir, dada a dedicação que as duas instituições demandariam nesse momento, exercer ambas as funções com a excelência por mim desejada e à altura que a Petrobras e o Flamengo merecem.”

A nota de Landim foi divulgada horas depois de mais uma derrota do Flamengo numa disputa de título. Desta vez, para o Fluminense, que levou a taça do Cariocão de 2022.

E esse vice-campeonato do Flamengo, contudo, não é de modo algum o real motivo do recuo de Landim, embora o momento de sua divulgação e a sugestão de que ele não conseguiria tocar o Fla e a Petrobras ao mesmo tempo estejam presentes na carta de desistência.

Em conversas com interlocutores, segundo o site “Poder 360”, Landim tem dito que percebeu “que seria muito difícil vencer resistências internas para tornar a companhia mais ágil e preparada para um saneamento visando à uma futura privatização”. Uma justificativa capenga, sem dúvida.

Landim conhece a estatal como poucos (trabalhou nela por 26 anos). Como só agora, depois de ter negociado com o governo desde o fim do ano passado o seu retorno para a estatal ele chegou à essa conclusão?

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