A tal da recuperação econômica em V, quando a atividade sofre um baque e em seguida apresenta uma retomada acentuada, pode não ter sido uma realidade do conjunto da economia brasileira, mas há casos assim.
O presidente da Kordsa Brasil, João Augusto Santos, conta em entrevista ao jornal Correio, que a fabricante de tecidos para pneus experimentou alguns meses de dificuldade no ano passado, mas desde agosto passou a registrar um ritmo de produção superior aos registrados antes da pandemia. “Tivemos um aumento significativo de demanda que reverteu os resultados do ano em termos de produção”, conta, acrescentando que a fábrica operou nos últimos cinco meses do ano com 100% de sua capacidade. Segundo ele a perspectiva para 2021 é de mercado aquecido. “Hoje existe fila de espera para comprar um caminhão”, diz.
Desafios
Por incrível que pareça, um fator de preocupação neste início de 2021 é o acelerado ritmo de recuperação da economia chinesa. Segundo João Augusto, os contêineres para a movimentação de produtos e matérias-primas no país asiático estão escassos. “Está difícil fazer essa movimentação e muita matéria-prima que é utilizada pela indústria vem de lá”, diz. Ele lembra que antes da pandemia, o frete de contêiner da China para o Brasil custava US$ 2 mil. Hoje sai por US% 9 mil.