O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, venceu as eleições presidenciais, que o país realizou no domingo, 4 de fevereiro, com ampla vantagem na contagem, recendo cerca de 90% dos votos, sendo reeleito.
Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral de El Salvador, com apenas 31% das urnas apuradas, o partido de Bukele já alcançava 83% dos votos.
Por meio de uma rede social, Bukele declarou sua reeleição e disse que conseguiria conquistar 58 das 60 cadeiras na Assembleia Nacional.
Posteriormente, durante um discurso no Palácio Nacional, ele proclamou que o país havia feito história:
“Os salvadorenhos deram o exemplo ao mundo inteiro de que qualquer problema pode ser resolvido se houver vontade de fazê-lo”, disse ele.
Em segundo lugar nas eleições, o partido de esquerda Frente Farabundo Martí, alcançou apenas 7% dos votos. Nayib Bukele está no poder desde 2019, com uma aprovação de 90%. Ele ganhou destaque por suas decisões relacionadas à segurança pública, que foram consideradas controversas e autoritárias.
O país vive sob estado de exceção, desde 2022, resultando na prisão de mais de 70 mil pessoas sob suspeita de pertencerem a gangues.
Bukele também estabeleceu uma prisão de segurança máxima, onde mais de 100 detentos são mantidos em celas sem colchões.
Durante seu mandato, o atual presidente tem atacado partidos opositores, rotulando-os como corruptos, e enfrentou acusações de adotar medidas antidemocráticas para consolidar o poder em suas mãos.
No início de seu primeiro mandato, em junho de 2019, Bukele demitiu aproximadamente 400 funcionários públicos pelo Twitter, alegando nepotismo ou ligações com a esquerda. Em seguida, declarou-se o presidente mais “cool” do mundo uma semana depois.