O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, denunciou neste último sábado (6) uma campanha de empresas privadas que pretendem reabrir na próxima semana negócios não essenciais sem a autorização do governo em meio à pandemia do novo coronavírus.
“Há uma campanha orquestrada do ex-representante do setor privado, agora partido político ANEP, de a partir da segunda pode-se abrir negócios não essenciais”, denunciou Bukele no Twitter.
O presidente salvadorenho anunciou no início de maio que não reconheceria a autoridade do presidente da Associação Nacional da Empresa Privada (ANEP), Javier Simán, a quem acusa reiteradamente de sabotar o trabalho de seu governo.
Simán tem sido um duro crítico das políticas governamentais de enfrentamento da COVID-19, censurando em especial a decisão do chefe de Estado de impor uma quarentena domiciliar para restringir a mobilidade da população e não permitir a abertura gradual de comércios e empresas.
Em virtude dessa quarentena provocada pelo novo coronavírus, o governo só permitiu o funcionamento de farmácias, supermercados e mercados públicos, bancos, empresas de serviços básicos como de energia elétrica e telefonia, assim como indústrias de alimentos e de distribuição de água envasada, restaurantes apenas com entrega a domicílio, entre outros.
No entanto, o transporte público não funciona e lojas de roupas, de eletrodomésticos, de utilidades do lar, salões de beleza e outros considerados não essenciais não podem abrir por determinação do governo.
Bukele deixou claro que as empresas ou negócios que abrirem sem autorização governamental correm o risco de ser sancionadas ou fechadas permanentemente.
“A economia começará a abrir em fases, ordenadas e com protocolos sanitários”, afirmou o presidente, embora até o momento não haja uma data precisa de quando pode começar uma fase de abertura de empresas e negócios.
El Salvador registrou até este sábado 2.934 casos de COVID-19, com 53 mortos e 1.281 recuperados, segundo cifras oficiais.