José Mauro Coelho pode renunciar nesta segunda-feira (20) ao cargo de presidente da Petrobras para o qual foi nomeado em 14 de abril e demitido em 23 de maio.
Ao menos é essa a expectativa de alguns integrantes do conselho de administração da empresa com quem Coelho conversou no fim de semana, diz o jornalista Lauro Jardim do O Globo.
O governo vem pressionando Coelho há duas semanas para que ele deixe o cargo a fim de apressar a posse de Caio Paes de Andrade, o novo indicado. Coelho se negava a aceitar os insistentes pedidos.
Com o reajuste de preços da gasolina e do diesel ser anunciado na sexta-feira, a pressão escalou muitos degraus. Arthur Lira passou a ameaçar, apoiado por Jair Bolsonaro, com a abertura de uma CPI, com a devassa nas contas de conselheiros e diretores da estatal e com aumento da taxação dos lucros da empresa.
A partir daí, a pressão passou a ser também dos próprios colegas de Coelho no conselho. Uma pressão praticamente unânime.
Uma das consequências possíveis do pedido de demissão de hoje, se ele vier mesmo a se concretizar, poderá ser a interrupção das articulações de Lira para a criação da CPI da Petrobras.