O presidente da França, Emmanuel Macron anunciou, na madrugada desta quinta-feira (16) que o líder do grupo terrorista estatal islâmico no Grande Saara, Adnan Abu Walid al Sahrawi, foi “neutralizado” pelas forças militares francesas.
– Este é outro grande sucesso em nossa luta contra grupos terroristas no Sahel. A França pensa nesta noite em todos os seus heróis que morreram pela França no Sahel nas operações Serval e Barkhane, das famílias enlutadas, de todos os seus feridos. O sacrifício deles não foi em vão. Com nossos parceiros africanos, europeus e americanos, continuaremos esta luta – escreveu o presidente francês no Twitter.
Desde 2014, Barkhane tem sido a estrutura para os 5,1 mil militares franceses destacados na região desértica e sucedeu a operação Serval, lançada em 2013 pelo então presidente François Hollande para impedir que os grupos jihadistas que haviam conquistado uma base no norte de Mali assumissem o controle do país.
Macron anunciou o fim da operação no início de junho. Ele argumentou que, após tanto tempo, a presença francesa “não pode substituir” os Estados da região, que, em sua visão, decidiram “não assumir suas responsabilidades” e não garantem nem segurança e nem serviços públicos em seu território.
Pelo menos 50 soldados franceses morreram na missão, que custa à França cerca de 1 bilhão de euros por ano e tem corroído sua imagem na região.
Ao comunicar a redução da força antijihadista francesa no Sahel, em 10 de junho, Macron anunciou que a luta contra o terrorismo seria realizada com forças especiais estruturadas em torno das operações Takuba e EUTM Mali, com participação do país europeu e foco nesse tipo de intervenção antiterrorista.