Assim como todas as empresas governamentais, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) tem sofrido tentativas de desestabilização, por meio da disseminação de notícias falsas (fake news), afirmou o diretor-presidente da estatal, Alexandre Henrique Graziani Júnior, em audiência pública do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional (CCS) nesta segunda-feira (5).
“Dizem que vamos fechar a Rádio MEC, fechar TV, mas nada disso procede. Eu mesmo fiquei surpreso com essas informações. Frutos, infelizmente, do avanço da tecnologia, que leva as pessoas a não querer assumir responsabilidades”, lamentou.
Ele também negou denúncias de suposta ingerência política e censura do governo na EBC. O que a emissora busca é jornalismo equilibrado, afirmou, em resposta a questionamento da conselheira Maria José Braga, que relatou denúncias de profissionais às entidades representativas da categoria.
“Temos várias queixas de censura editorial na produção jornalística da EBC. É frequente não só a Fenaj [Federação Nacional dos Jornalistas], mas também sindicatos de jornalistas, receberem denúncias de funcionários com relatos de direcionamento da cobertura jornalística, de falta de independência para equipes de jornalismo fazerem seu trabalho”, disse Maria José, representante da categoria dos jornalistas no CCS.
Graziani respondeu que esse cerceamento pode ter acontecido em governos anteriores, mas não atualmente. Ele ressaltou que tem trabalhado para tornar a EBC uma promotora de serviços de radiodifusão de qualidade e que fez questão de chamar colaboradores da empresa para a audiência pública, a fim de deixar claro que não há censura. O diretor destacou ainda que o órgão dispõe de profissionais qualificados e dispostos a mostrar a relevância da instituição e da comunicação pública brasileira.
“Não existe cerceamento de opinião ou de liberdade de imprensa. Existe, sim, a colaboração de cada especialista do nosso colegiado”, garantiu.