O presidente da Argentina, Alberto Fernández, aceitou nesta sexta-feira a demissão da ministra das Mulheres, Gêneros e Diversidade, Elizabeth Gómez Alcorta, depois que ela criticou o despejo de um grupo de mulheres mapuches de algumas terras na província patagônica de Río Negro, informou o governo.
A ex-ministra, que antes de assumir o cargo foi advogada de defesa de um líder mapuche, criticou na quinta-feira o despejo e posterior prisão de seis mulheres mapuches, uma delas grávida.
Gómez Alcorta considerou “gravíssimo” que as detidas não tivessem advogado e que sua libertação tenha sido negada.
“O presidente agradece a Elizabeth Gómez Alcorta pelo trabalho realizado”, disse a Presidência em comunicado.
Na quinta-feira, a porta-voz presidencial, Gabriela Cerruti, defendeu a operação realizada no sul, que atendeu a uma ordem judicial.
“O governo seguiu (…) o cumprimento de uma ordem judicial, foi feito de acordo com todos os protocolos, foi feito sem o uso de armas letais”, disse Cerruti em entrevista coletiva.
“Não houve nenhum tipo de subjugação dos direitos de quem estava naquele lugar”, acrescentou.