Os candidatos à Presidência da República que têm feito agendas públicas visitaram 130 cidades desde o início da campanha, em 16 de agosto, até esta última quarta-feira (26). Embora representem 2,4% do total existente do país, eles abrigam 39% da população brasileira – ou 81 milhões de pessoas.
O levantamento leva em conta as agendas divulgadas pelas assessorias de imprensa das campanhas e a estimativa da população em 2018 feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
Os dados mostram também que maioria dos presidenciáveis priorizaram as capitais até aqui. Dos 12, 11 escolheram essas cidades como destino de mais da metade de suas viagens nas primeiras 6 semanas de campanha. Juntas, elas concentram 314 das 483 visitas de algum postulante ao Planalto realizadas no período.
Além de fatias relevantes do eleitorado dos estados, as capitais concentram meios de comunicação e entidades de alcance regional. Em uma campanha mais curta e de menos recursos, os candidatos têm dedicado boa parte das agendas a entrevistas e participação em sabatinas realizadas por esses órgãos.
A única capital que não teve ato de campanha presidencial até agora foi São Luís, no Maranhão – último estado a ser visitado por algum deles.
Ciro Gomes (PDT) chegou a ir até lá, no dia 7 de setembro, mas cancelou a agenda em razão do atentado contra Jair Bolsonaro (PSL), que tinha acontecido na véspera. Nesta semana, Ciro voltou ao Maranhão, mas fez ato político em Timon, cidade com 167 mil habitantes que faz divisa com Teresina, no Piauí.
São Paulo e Rio de Janeiro, que têm juntas cerca de 19 milhões de habitantes e quase 13 milhões de eleitores, foram as únicas cidades do país a receber todos os 12 candidatos que têm tido atos públicos de campanha. O único sem agendas públicas é Cabo Daciolo, do Patriota.
Já Brasília foi destino de 11 candidatos. Fernando Haddad (PT), que só começou a campanha como candidato a presidente do PT em 11 de setembro, ainda não foi à capital federal. Ele é o único a ter dedicado menos visitas a capitais na comparação com as demais cidades.
Algumas capitais, como Boa Vista, Cuiabá, João Pessoa, Manaus e Palmas, receberam apenas um candidato. Outras cidades que não são capitais receberam mais presidenciáveis do que elas:
- Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, recebeu 6 candidatos;
- Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, 5;
- Ribeirão Preto (SP) e Esteio (RS), importantes polos do agronegócio, foram visitadas por 4 presidenciáveis cada uma.
Quilometragem
Ao todo, os presidenciáveis rodaram 239.990 quilômetros desde o início da campanha até 26 de setembro. A distância equivale a quase seis voltas ao redor da Terra pela linha do Equador.