Na disputa eleitoral de 2014 até a semana da eleição, Rui Costa estava atrás de Paulo Souto, o adversário principal do então governador Jaques Wagner. E venceu.
Desde então, Rui nunca escondeu a sua aversão a pesquisas. Este ano, quando ele passou a liderar folgado todas as consultas feitas após a desistência de ACM Neto, diz que mantém o mesmo humor sobre o assunto.
‘Eu não sou contra, mas não sou de me apegar a isso. A pesquisa é o retrato de um momento. E só’, disse.
Rui diz que em 2014 se recusava sistematicamente a olhar pesquisas:
‘Eu conto isso e às vezes as pessoas não acreditam. Não olhei hora nenhuma e quando chegava para gravar pedia ao pessoal para não me mostrar. Tento fugir do padrão. Prefiro ver o pulsar das ruas, esse, sim, é o que me interessa, e prefiro seguir por aí.
Histórico
Diz que se fosse se ligar em pesquisa para balizar os seus caminhos em campanha em 2014 teria jogado a toalha. Ele perdeu em todas, só na antevéspera da votação botou que havia um empate técnico de 46%. Rui acabaria vencendo com 54,53%, contra 37,39% de Paulo Souto.
O PT já tem o histórico de Jaques Wagner em 2006, quando os institutos erraram de cabo a rabo, até na boca de urna.
Ironicamente, tais erros acalentam as expectativa de Zé Ronaldo agora. Ele acha que o pulsar das ruas reflete outra realidade.
Por Levi Vasconcelos