Na semana de celebração ao Dia Internacional da Mulher (8 de março), a Guarda Civil Municipal (GCM), através da Coordenadoria de Prevenção à Violência (Cprev), está realizando o curso de Defesa Pessoal, voltado exclusivamente para mulheres. As aulas estão sendo realizadas na sede da GCM, na Avenida San Martin.
Cerca de 22 mulheres estão participando da iniciativa. Moradora do bairro da Paralela, a cuidadora de idosos Claudia Cunha, de 59 anos, diz ter ficado sabendo do curso através das redes sociais e logo se interessou.
“Assim que vi nas redes, resolvi realizar minha inscrição. Eu acho que um curso como esse é muito importante para nós mulheres, visto que, o Brasil é um dos países com maiores números de violência doméstica, então, precisamos, sim, de conhecimento sobre técnicas de defesa pessoal”, declara.
A cabeleireira Manuela Gomes, de 39 anos, conta que nunca sofreu nenhum tipo de violência doméstica, mas conhece mulheres que já sofreram. “Acredito que se essas mulheres, a exemplo de uma cunhada minha, tivessem conhecimento sobre os tipos de violência e como se autodefender deles, talvez não teriam vivenciado essas situações. Além da prevenção e a defesa, o curso nos proporciona também a elevação da nossa autoestima e o empoderamento feminino”, reforça.
Funcionamento
O curso começou nesta segunda (6) e segue até a próxima sexta (10), das 13h às 17h. Com carga horária total de 20h, as aulas estão sendo divididas em atividades teóricas e práticas. Na parte teórica, as participantes aprenderão sobre os tipos de violência e como preveni-las, e os detalhes da Lei Maria da Penha. Já na parte prática, as alunas do curso terão acesso a técnicas de primeiros socorros e golpes para defesa pessoal através do sistema “Goshin Jitsu”.
Para o coordenador de Ações de Prevenção à Violência (Cprev) da GCM, James Azevedo, o curso de defesa pessoal é importante porque, para além da defesa, a atividade orienta, informa, sensibiliza e tenta alertar as mulheres sobre situações de violência.
“É mais uma ferramenta de apoio ao combate à violência contra a mulher porque empodera com palavras e as orienta a hora certa de se defender de possíveis violências físicas, principalmente no ambiente doméstico e familiar. É a GCM, através da Cprev, agindo na prevenção de violências para não chegar ao feminicídio”, pontua.