A Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), intensifica as ações de prevenção e cuidado em relação às hepatites virais em Salvador, dentro da campanha Julho Amarelo. Palestras sobre as hepatites, testes rápidos, vacinação e preservativos são oferecidos nas unidades da rede municipal de saúde, com a finalidade de conscientizar a população sobre os riscos da doença que atinge o fígado e pode causar alterações leves, moderadas ou graves neste órgão.
A campanha, que se estende durante todo o mês, se inspira no 28 de julho, designado como o Dia Mundial de Luta contras as Hepatites Virais, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “As hepatites A, B e C são as mais comuns em Salvador e no Brasil. A hepatite A é transmitida de forma oral ou fecal. Urina escura, fezes esbranquiçadas e olhos amarelados são seus principais sintomas. Felizmente, em virtude das melhorias no saneamento básico da cidade, o número de casos desse tipo é cada vez menor”, disse Flávia Guimarães, enfermeira e técnica da Vigilância Sanitária de Salvador (Visa), responsável pela vigilância epidemiológica das hepatites virais.
Transmissão
A técnica da Visa informou que a prevenção à transmissão da hepatite A é feita com o uso de preservativos nas relações sexuais, da lavagem frequente das mãos e dos alimentos antes do consumo, da ingestão de água filtrada ou fervida. “Já as hepatites B e C são silenciosas, podem começar como uma virose e se desenvolver para uma cirrose ou câncer de fígado. Contra a hepatite B, temos a vacina, disponível nas unidades de saúde de Salvador. No caso da hepatite C, havendo o diagnóstico precoce, o tratamento com a medicação tem 90% de chance de cura”, explicou Flávia.
Ela acrescentou que a hepatite B é transmitida pelo sangue, secreções e líquidos corporais contaminados. E que o vírus da hepatite C também se transmite, sobretudo, por via sanguínea.
Testes rápidos
A enfermeira advertiu que a procura das pessoas por testes rápidos para detecção de hepatites B e C caiu 50% em comparação com 2020. Os adultos com idade acima de 40 anos devem fazer o teste ao menos uma vez por ano, assim como o grupo mais vulnerável à doença – comunidade LGBTQIA+, profissionais do sexo, população carcerária e pessoas em situação de rua.
“A hepatite não tem relação direta com a Covid, mas é importante chamar a atenção para a prevenção de ambas. Isso porque um corpo infectado por hepatite tem o seu sistema imunológico debilitado, o que favorece o agravamento de uma infecção por Covid, caso ocorra ao mesmo tempo”, concluiu.