A Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis), deu início à implantação do primeiro viveiro de coqueiros de Salvador, no Jardim de Alah. Nesta quinta-feira (23), foram instalados no local os equipamentos de irrigação. Na próxima semana terá início o plantio das primeiras mudas.
Com 3,2 mil m² de área total e o objetivo de plantar mais de 2 mil coqueiros, respeitando o espaço mínimo de aproximadamente 1,5 metro entre eles, a criação do espaço tem o intuito de proteger e desenvolver a flora da cidade. O diretor do Sistema de Áreas de Valor Ambiental e Cultural (Savam) da Secis, João Resch, explica que o espaço foi adaptado para receber as mudas de modo que os exemplares sejam aclimatados às condições da cidade, evitando assim a perda das plantas, algo que costuma acontecer com espécimes trazidos de outros locais.
“Passado este momento, a ideia é replicar o trabalho ao longo de toda a orla. Além da preservação, a iniciativa visa recompor este trecho do Jardim de Alah, cujos coqueiros que margeavam a orla marítima se perderam ao longo do tempo. É uma alternativa que encontramos para ampliar a presença desse tipo de vegetação na região”, relata.
O local contará com proteção antivandalismo, com tela e sombrite para evitar forte incidência de raios solares diretamente nas mudas. Além disso, serão instaladas placas contendo informações sobre o espaço, visando manter a população a par do tema, para que assim possam também apoiar, cuidar e manter o projeto.
Expansão
De acordo com o secretário da Secis, Ivan Euler, a criação do viveiro é uma forma de preservar os coqueirais da cidade, a exemplo deste trecho do Jardim de Alah e do que fica situado do Morro do Cristo, na Barra. “Apesar de longevos, eles não duram para sempre. Então, anualmente, muitos são perdidos. Por isso criamos este viveiro para, no futuro, transplantá-los já adaptados ao clima de Salvador, para outras áreas, conforme a necessidade”, garante.
Este é o segundo viveiro de plantas de Salvador, sendo o primeiro focado exclusivamente em coqueiros. O outro, localizado na Praia do Flamengo, é dedicado a conservar as plantas da restinga, que é um tipo de vegetação rasteira e arbustiva, nativa do local, e são geralmente encontradas na beira da praia, a exemplo de cactos, bromélias, sumarés, salsão-da-praia e samambaias, dentre outras.