Ao tomarem posse neste sábado (1), os prefeitos eleitos em diversas capitais encontrarão um cenário bem diferente de seus antecessores. Por conta da pandemia de covid-19, diversas cidades terão protocolos especiais para as cerimônias.
Rio de Janeiro e Goiânia terão ainda circunstâncias excepcionais. Eduardo Paes (DEM) não contará com a presença do antecessor na passagem do cargo, já que Marcelo Crivella (Republicanos) está em prisão domiciliar por conta de uma investigação sobre o QG da Propina, um suposto esquema de corrupção em sua gestão. Por isso, caberá ao presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Felippe (DEM), participar da cerimônia como prefeito em exercício.
Na capital goiana, o prefeito eleito Maguito Vilela (MDB) tomará posse remotamente, tendo em vista que está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, por conta das complicações causadas pela covid-19. Maguito ficou hospitalizado na UTI na reta final da campanha, mas ainda sim venceu o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) no segundo turno. Uma mudança no regimento da Câmara dos Vereadores de Goiânia permitirá que ele tome posse do hospital. Segundo o G1 Goiás, cumprirá o protocolo por meio de gestos, uma vez que está impossibilidade de falar por conta de uma traqueostomia.
Já em São Paulo, Bruno Covas (PSDB) assumirá o segundo mandato (o primeiro como prefeito eleito, uma vez que ocupou o lugar de João Doria no atual mandato) em uma cerimônia com menos convidados do que o habitual. A Mesa Diretora da Câmara paulistana proibiu a presença de público nas galerias da casa durante a posse e restringiu o acesso ao prédio para apenas um assessor e um convidado de cada vereador eleito.
Posse virtual
Em Salvador, onde ACM Neto (DEM) passará o cargo ao sucessor que conseguiu eleger, Bruno Reis (DEM). Na capital baiana, qualquer um dos vereadores eleitos poderá optar pela posse virtual, mesmo aqueles que não fazem parte de grupos de risco ou estão contaminados com o novo coronavírus.
O mesmo ocorrerá na Câmara dos Vereadores de São Paulo é uma das casas legislativas de capitais que criaram a possibilidade para que os vereadores tomem posse remotamente, como forma de reduzir aglomerações. A cidade estará em bandeira vermelha entre 1 e 3 de janeiro.
Dez prefeitos nas capitais seguem no cargo
Além de Bruno Covas, outros nove prefeitos de capitais conseguiram a reeleição e irão iniciar o segundo mandato. Nesse grupo estão Alexandre Kalil (PSD) e Rafael Grecca (DEM), que venceram ainda em primeiro turno as disputas em Belo Horizonte e Curitiba, respectivamente.
O MDB foi o partido que levou o maior número de capitais — cinco ao todo. Em seguida vieram DEM e PSDB, ambos com o comando de quatro capitais. Pela primeira vez desde 1985, o PT ficou de fora dessa lista, não tendo conquistado o comando de nenhuma das principais cidades do país.