Os preços futuros da amêndoa cacau atingiram recorde na terça-feira (23) na bolsa de Nova York. Os contratos forma negociados a US$ 4.557 a tonelada. Desde o início do ano, a valorização acumulada já é de 9,49% e em 12 meses, de 73,07%. São os maiores preços em 46 anos.
Isso está acontecendo por causa da oferta apertada de cacau no mercado internacional enquanto a demanda continua forte.
E os preços devem continuar subindo, pois houve redução na oferta de cacau da Costa do Marfim, o maior produtor do mundo. Além disso, a África enfrenta um problema de envelhecimento das plantas, o que se reflete em redução de produtividade.
Já há queda no processamento na Europa. E sinais de que os preços ainda não chegaram ao topo e podem subir mais na bolsa, testando o patamar de US$ 5.000 a tonelada.
Também há informações de menor volume de cacau entregue nos portos de Gana, o segundo maior produtor mundial. Assim como a Costa do Marfim, o país africano deve produzir menos devido aos impactos do El Niño.
Já é consenso entre analistas que a demanda mundial vai superar a oferta pela terceira safra consecutiva, com u Santos, da StoneX, projeta déficit entre 310 mil e 315 mil toneladas. Ele acredita em manutenção desse cenário por mais uma temporada.
“Para a safra 2024/25, que começa em outubro, já se fala em um novo déficit. Temos uma deficiência na produção estrutural, e é por isso que os fundos seguem tão confiantes em novas altas na bolsa”, afirma o analista.