#Acesse Política | O site de política mais acessado da Bahia! O site de política mais acessado da Bahia!
A defesa de Lula apresentou nesta sexta-feira (12) ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma nova leva de mensagens hackeadas da Operação Lava-Jato em que uma procuradora que integrou a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que é preciso “atingir Lula na cabeça (prioridade número 1)”. A frase é atribuída à procuradora Anna Carolina Rezende, que integrava a equipe do então procurador-geral, Rodrigo Janot. A conversa entre os investigadores aconteceu em 5 de março de 2016, um dia após a condução coercitiva de Lula.
“Pessoal, fiquei pensando que precisamos definir melhor o escopo pra nós dos acordos que estão em negociação. Depois de ontem, precisamos atingir Lula na cabeça (prioridade número 1), pra nós da PGR, acho q o segundo alvo mais relevante seria Renan. Sei que vcs pediram a ODE [empreiteira Odebrecht] que o primeiro anexo fosse sobre embaraço das investigações. Achei excelente a ideia mas agora tenho minhas dúvidas se o tema é prioritário e se é oportuno nesse momento”, diz a mensagem atribuída a Ana Carolina Rezende em conversa com integrantes da força-tarefa do Paraná. Neste trecho, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) se destaca como outro alvo preferencial do grupo.
A procuradora também fala sobre a intenção de “atingir ministros do STF” e alerta que “abrir mais uma frente contra o Judiciário pode ser over”.
“Não temos como brigar com todos ao mesmo tempo. Se tentarmos atingir ministros do STF, por exemplo, eles se juntarão contra a LJ, não tenho dúvidas. Tá de bom tamanho, na minha visão, atingirmos nesse momento o min mais novo do STJ. acho que abrirmos mais uma frente contra o Judiciário pode ser over. Por outro lado, aqueles outros (lula e Renan) temas pra nós hj são essenciais p vencermos as batalhas já abertas”, diz a mensagem atribuída à Ana Carolina.
O ex-senador Delcídio do Amaral, delator da Lava-Jato, chegou a declarar à imprensa que o ministro do STJ Marcelo Navarro Ribeiro Dantas havia sido indicado para a Corte com o compromisso de soltar empreiteiros presos na Lava-Jato. Uma investigação foi aberta para apurar o fato, mas o caso acabou arquivado a pedido da própria PGR
Questionado sobre as mensagens, Ribeiro Dantas disse conforme a coluna de Bela Megale no O Globo, que “o tempo finda mostrando a verdade”.
Pressão Emílio Odebrecht
A defesa de Lula também usa as mensagens para afirmar que Emílio Odebrecht foi pressionado para auxiliar na condenação de Lula. Em um diálogo atribuído à força-tarefa do Paraná, um dos membros do grupo destaca a necessidade de “pressionar” o empreiteiro e diz que estão “quase desistindo dele” em uma ação contra o petista.
“Precisamos pressioná-lo, pq é mto ruim colaborador. Estamos quase desistindo dele na ação do lula”, diz a mensagem. O caso em questão é o que investiga a compra de um terreno em São Paulo pela Odebrecht que abrigaria a sede do Instituto Lula. O processo segue em andamento.
“O material também reforça a “pressão” realizada em relação a “colaboradores” para que pudessem auxiliar na condenação do Reclamante (Lula)”, escreveu a defesa do ex-presidente.
