sábado 28 de setembro de 2024
As casas das famílias de militares que trabalham na Restinga do Marambaia — Foto: A. Galante/Forças Terrestres
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terça-feira 26 de dezembro de 2023 às 15:53h

Praias restritas, cenário de novelas e quilombo: conheça a área militar onde Lula vai passar o Ano Novo; fotos

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O presidente Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, chegam nesta terça-feira(26) à Restinga do Marambaia, região paradisíaca na Costa Verde do Rio. O casal vai passar o réveillon na base naval que fica no local e tem retorno a Brasília previsto apenas para o dia 3 de janeiro, após uma semana de folga.

O território no litoral fluminense é administrado por Exército, Marinha e Aeronáutica. A restinga divide-se entre três municípios — Mangaratiba, Itaguaí e a capital — e, por conta da gestão militar, conta com várias praias de acesso restrito. Além disso, parte da região compõe uma Área de Proteção Ambiental (APA).

Píer (foto) e heliponto dão acesso à área — Foto: A. Galante/Forças Terrestres
Píer (foto) e heliponto dão acesso à área — Foto: A. Galante/Forças Terrestres

A área na qual Lula ficará hospedado fica na porção oeste da restinga, onde funciona o Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (Cadim), de responsabilidade da Marinha. Dedicado à preparação de fuzileiros navais para combate, o local é um destino frequente de presidentes em busca de descanso — Michel Temer, Jair Bolsonaro e o próprio Lula, nos mandatos anteriores, são alguns dos que já passaram pela base militar.

Trecho da base da Marinha na restinga — Foto: A. Galante/Forças Terrestres
Trecho da base da Marinha na restinga — Foto: A. Galante/Forças Terrestres

Além dos aposentos que receberão Lula e Janja, a área conta com várias casas das famílias de militares que trabalham na região. Para acesso, há um píer e um heliponto. As instalações têm ainda igreja, escola, quadras esportivas e um hotel de trânsito da Marinha, construção que no passado operou como senzala de escravizados, já que, em meados do século XIX, havia na região uma fazenda que era utilizada como entreposto do tráfico negreiro.

Igreja e escola que ficam no local — Foto: G. Poggio/Poder Naval
Igreja e escola que ficam no local — Foto: G. Poggio/Poder Naval

A Marinha só passou a ser proprietária do local no início do século XX. Descendentes de escravizados, porém, ainda viviam em parte do território, o que gerou uma disputa. A situação foi solucionada apenas em 2014, quando um acordo mediado pelo Ministério Público Federal (MPF) e outros órgãos autorizou a permanência dos remanescentes da comunidade quilombola na área que eles já ocupavam há mais de um século.

Momumento: Marco de Tomada de Posse da Marambaia — Foto: G. Poggio/Poder Naval
Momumento: Marco de Tomada de Posse da Marambaia — Foto: G. Poggio/Poder Naval

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado à época também garantiu a manutenção de todas as atividades desenvolvidas pelo Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha em sua base. A preservação do meio ambiente em toda a ilha, que permaneceu como área militar, também constava no acordo.

Hotel de trânsito foi senzala no passado — Foto: G. Poggio/Poder Naval
Hotel de trânsito foi senzala no passado — Foto: G. Poggio/Poder Naval

A natureza preservada, aliás, já fez com a restinga também se tornasse cenário de produções audiovisuais. Várias novelas, por exemplo, se valeram do visual paradisíaco para construir parte de suas tramas, como “Guerra dos sexos”, “Kubanacan” e “Como uma onda”, entre outras obras.

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