Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o PP definiu como prioridade para o ano que vem a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara.
A empreitada pode representar um empecilho para eventual candidatura da senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS) para presidir o Senado. Como o partido não possui a maior bancada em nenhuma das Casas, legendas maiores poderiam trabalhar contra a hegemonia do PP no comando do Congresso. A vantagem de Tereza é a grande amizade dela com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
O PP elegeu 47 deputados, pouco menos da metade que o PL, que terá 99. No Senado, será o sexto partido, com 7 representantes; o PL, com a maior bancada, terá 13.
Embora haja precedentes de partidos que presidiram simultaneamente as duas Casas, integrantes da cúpula do partido admitem que, caso essa possibilidade não se apresente, Tereza deve ser rifada, diz o jornal.
Primeiro porque é mais provável a manutenção de Lira em um posto que já ocupa do que emplacar Tereza, que chega agora ao Senado.
No primeiro biênio do presidente Jair Bolsonaro (PL), o DEM presidiu a Câmara com Rodrigo Maia (RJ) e o Senado com Davi Alcolumbre (AP).
O MDB já fez dobradinha entre 2013 e 2015 com Renan Calheiros (AL) no Senado e Henrique Eduardo Alves (RN), na Câmara; entre 2015 e 2017 em um segundo mandato de Renan e com Eduardo Cunha (RJ) eleito pelos deputados; e entre 2009 e 2011, com Michel Temer (SP) e Garibaldi Alves (RN).