Rui Costa (PT) não deve excluir o PP da reforma administrativa, após a legenda conseguir liderar a candidatura única à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) com Nelson Leal (PP). O governador teria voltado atrás, nesta última segunda-feira (3), da ideia de considerar contemplado na divisão de secretarias, o partido que conseguisse conquistar AL-BA.
A ideia de Rui, em reunião no final de novembro, foi duramente criticada por aliados que interpretaram o gesto do petista como tentativa de reduzir, de acordo com deputados estaduais ouvidos, “a AL-BA a uma secretaria do governo”.
“Isso não vai acontecer. O governador foi questionado hoje se conquistar a Assembleia era sinônimo de diminuir espaços e ele disse que não. Havendo rodízio [de legendas no comando] na AL-BA, não existe lógica nessa ideia. A Casa é um conjunto de partidos e não uma parte do Poder Executivo”, comentou um interlocutor do grupo conforme publicou o Bahia Notícias.
A decisão teria sido tomada nesta por Rui nesta última segunda-feira, em negociação com Otto Alencar (PSD), João Leão (PP) e Jaques Wagner (PT).
O provável presidente da Assembleia no biênio 2021/2022, o deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) já tinha sinalizado que Otto não iria ficar contente, caso se confirmasse a estratégia de Rui.
A escolha deve ajudar a afagar o PP, que perderá o comando da Bahia Pesca – alienada pelo pacote de Rui enviado à AL-BA, mas que ainda sim poderia pleitear outros espaços em outras secretarias. O partido de João Leão obteve o aval de Rui para lançar o deputado Nelson Leal o candidato único à presidência da Casa para o próximo biênio e que foi aprovado ontem por Rui.